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Em 2019, a Câmara de Lisboa aprovou um regulamento que criou zonas de contenção para alojamento local e quase pôs a zeros os números de novos licenciamentos, mas no mesmo período foram construídos, naquelas freguesias da cidade, 41 hotéis que equivalem a quase dois mil quartos que podem acomodar mais de três mil turistas.
A crescente turistificação de Lisboa e a gentrificação do centro da cidade levaram a autarquia a estabelecer constrangimentos rigorosos a novos alojamentos locais que se traduziram na criação de zonas de contenção absoluta e uma política de licenciamento quase zero. Mas ao mesmo tempo que se fechou esta porta, deixou-se outra aberta para a hotelaria.
Entre 2020 e 2023, registaram-se e abriram 71 empreendimentos turísticos (52 hotéis, 16 apartamentos turísticos, dois empreendimentos de turismo de habitação e uma pousada) no município de Lisboa. Deste universo, dois terços, num total de 41, localizam-se dentro da zona de contenção absoluta de alojamento local (AL).
Estes empreendimentos turísticos no centro da cidade valem, no total, 1.979 quartos que chegam para alojar 3.248 turistas. Todos estes números foram extraídos da base de dados de registos do Turismo de Portugal.
Os locais em que este fenómeno é mais visível são as freguesias de Santa Maria Maior e de Santo António, bem no coração de Lisboa, que viram nascer nos últimos quatro anos 21 hotéis e 11 hotéis, respetivamente.
Em sentido oposto, o efeito das restrições ao AL nesta zona teve consequências bem visíveis. No mesmo período, ou seja, nos últimos quatro anos, registaram-se 36 unidades de alojamento local na zona de contenção absoluta. No total, todos estes espaços têm capacidade para 315 pessoas.
Fonte: Renascença
Ilustração: Salomé Esteves/RR
A ser validado pelo Tribunal Constitucional, será a primeira vez que este instrumento é utilizado no país por iniciativa popular. Proposta do grupo de cidadãos visa responder à atual crise da habitação com travão ao alojamento de curta-duração em prédios com uso habitacional na capital.
Assembleia Municipal de Lisboa (AML) deu luz verde, esta terça-feira, 3, à realização de um referendo popular sobre o fim do alojamento local (AL) em imóveis destinados à habitação na cidade. A proposta foi aprovada com os votos a favor do BE, PAN, PEV, PS, Livre e dos deputados independentes do Cidadãos Por Lisboa Miguel Graça e Daniela Serralha. Já o Chega, IL, CDS-PP, PSD, o PPM e a deputada independente Margarida Penedo votaram contra. O PCP e o MPT abstiveram-se.
Em causa está a iniciativa do Movimento Referendo pela Habitação (MRH) que, para responder à atual crise da habitação na cidade, pretende avançar com a realização de uma consulta popular para travar a atividade do AL em prédios com uso habitacional. O grupo de cidadãos entregou na AML, a 8 de novembro, cerca de 11 mil assinaturas, recolhidas durante o último ano e meio. Destas, são válidas 6600, que respeitam a eleitores recenseados na capital e que superam o número legalmente exigido (5 mil). As restantes correspondem a assinaturas de solidariedade com a ação.
"A nossa vontade é que ganhe o sim para que as casas da cidade sejam libertadas do peso do turismo e seja possível sonhar com um futuro em que os bairros sejam espaços habitados, onde, em vizinhança, se construam laços de solidariedade e de vivência em comunidade. Sabemos que a lei do AL mudou recentemente por decreto, mas essa mudança não tira poderes de regulação ao município, ao contrário do que o lobby do AL tem dito. A proposta está viva, válida e deve seguir em frente", referiu esta tarde a porta-voz do MRH, Rosa Maria dos Santos, durante a reunião pública do executivo municipal.
Também a mandatária do movimento de cidadãos, Teresa Mamede, destacou que "não importa se se considera o AL bom ou mau, o que importa é a democracia", disse, destacando a possibilidade de serem os cidadãos da cidade a decidir sobre a matéria.
Já em defesa do AL, o munícipe Ricardo Serrão sublinhou que esta categoria de alojamento de curta-duração tem sido "um bode expiatório, há mais de 10 anos, para todos os problemas relacionados com a habitação". O responsável, que falou no início da sessão municipal, criticou o facto de serem criadas zonas de contenção à atividade do AL mas, no entanto, ser permitida a construção de hotéis nestas áreas. "Há milhares de imóveis do Estado que estão ao abandono e não são utilizados e ninguém parece fazer nada para agilizar. Queremos resolver a habitação ou atacar o AL?", questionou diante dos deputados municipais.
O MRH propõe que sejam referendadas duas questões: “Concorda em alterar o Regulamento Municipal do Alojamento Local no sentido de a Câmara Municipal de Lisboa, no prazo de 180 dias, ordenar o cancelamento dos alojamentos locais registados em imóveis destinados a habitação?” e “Concorda em alterar o Regulamento Municipal do Alojamento Local para que deixem de ser permitidos alojamentos locais em imóveis destinados a habitação?”.
Após a entrega das assinaturas, a AML avançou com a criação de uma comissão liderada pelo deputado municipal do PS, Ricardo Marques, com o intuito de apreciar a iniciativa e endereçar aos serviços competentes da administração pública o pedido de verificação administrativa, por amostragem, da autenticidade das assinaturas e da identificação dos subscritores.
As duas questões serão agora enviadas ao Tribunal Constitucional (TC) que irá avaliar a conformidade constitucional e legal. Caso seja validado, o referendo terá de ser realizado num prazo de entre 40 a 60 dias. A avançar, será a primeira vez que este instrumento constitucional é utilizado no país por iniciativa popular.
Recorde-se que a Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), criticou recentemente, em declarações ao DN, a proposta do MRH apelidando-a de “farsa” e de "circo político". "É uma petição que, por coincidência, todos acreditam que atrasou dois anos para sair justamente perto das eleições autárquicas. Foi uma mera manobra estratégica”, apontou Eduardo Miranda. O presidente da ALEP acusou os partidos políticos de se escudarem da ação para “perseguir” o AL e “ganhar alguma vantagem eleitoral”. “Há partidos sem soluções para a habitação e atacam o AL ”, lamentou.
Já o advogado especialista em direito imobiliário, Miguel Ramos Ascensão, defendeu que as perguntas propostas para este referendo podem colidir com a lei.
Dúvidas jurídicas justificam votos contra e abstenções
As dúvidas sobre a constitucionalidade das perguntas a integrar o referendo, a ser votado pelos lisboetas, foram também o principal motivo apresentado pelos deputados municipais para justificar os votos contra e as abstenções. "As perguntas levadas ao TC são matérias excluídas do referendo local”, garantiu a deputada municipal do PSD, Ana Mateus, adiantando que “só uma alteração à lei poderá acolher a vontade dos mandatários mas não o referendo”.
As mesmas indagações foram partilhadas pelo CDS-PP que informou ter solicitado apoio jurídico na matéria, tendo recebido a indicação de que as perguntas não serão validadas pelo TC. Martim Borges de Freitas destacou ainda o "conflito entre o direito à habitação e à liberdade económica" como um dos fatores para o chumbo da proposta.
Também o Chega levantou o cartão vermelho à consulta popular. "É duvidoso que os municípios possam reduzir ou fazer cessar o AL fora das áreas de contenção. Acreditamos que o TC impedirá a realização deste referendo", defendeu Nuno Pardal. O deputado municipal culpou ainda a "imigração descontrolada" de "ocupar e contribuir para o aumento do preços das rendas".
Natacha Amaro, do PCP, acusou o AL de ser “uma das causas da falta de habitação a preços acessíveis”, mas referiu que a proposta de referendo “não apresenta segurança jurídica relativamente à competência regulamentar do municipio” motivo pelo qual o partido se absteve.
Do lado dos partidos que viabilizaram a proposta, a deputada municipal do Bloco de Esquerda, Isabel Pires, destacou o “momento inédito na democracia” e apontou o dedo às “consequências desastrosas da atividade económica do AL” que “expulsou moradores” das suas casas nos últimos anos incitando a “especulação dos preços da habitação”. A deputada frisou que a decisão sobre o AL é uma “competência municipal” e lamentou que o “Governo de direita” esteja a retirar “as poucas limitações que existem à atividade”.
O socialista Ricardo Marques evidenciou os “ 6500 lisboetas que assinaram o manifesto e que têm direito à sua voz" sendo fundamental aprovar, disse, "este sinal tão positivo ao final de 50 anos de democracia”.
António Morgado Valente, do PAN, esclareceu que o partido “não é contra o AL”, mas admitiu, no entanto, que “há graves problemas em cidades como Lisboa e Porto”.
"A participação cidadã faz parte do ADN do Livre, que votou naturalmente a favor desta proposta. O Livre esteve na Comissão Eventual e teve oportunidade de avaliar esta iniciativa, uma iniciativa cidadã, que nunca foi experimentada em 50 anos de democracia e que tem por objecto um direito constitucionalmente protegido, o direito à habitação. Face à grave crise habitacional em Lisboa, o Livre só poderia votar a favor”, rematou a deputada do Livre, Ofélia Janeiro.
Fonte: Diário de Notícias
https://www.dn.pt/701257868/assembleia-municipal-de-lisboa-aprova-referendo-sobre-o-fim-do-alojamento-local/
Mais de 11 mil cidadãos pedem fim do AL em imóveis destinados à habitação na capital. ALEP alerta para o impacto que o travão à atividade pode ter nos postos de trabalho, aponta ilegalidades e pede uma regulamentação “ponderada”. Advogado ouvido pelo DN defende que referendo colide com a lei.
Acabar com o alojamento local (AL) em prédios destinados à habitação em Lisboa teria um impacto em cerca de 45 mil empregos que estão direta e indiretamente ligados à atividade. Os dados são avançados ao DN pela Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) que critica o pedido de referendo entregue, na passada sexta-feira, pelo Movimento Referendo pela Habitação (MRH) na Assembleia Municipal da cidade e que defende o fim do AL em imóveis para habitação.
“O AL representa 46% das dormidas em Lisboa. Acabar com a atividade nestes moldes era mandar diretamente para o desemprego cerca de 45 mil pessoas em vários setores de atividade como o comércio, a restauração, os supermercados, a cultura, as empresas e as agências, por exemplo. Os gastos dos turistas do AL são transversais e não se circunscrevem apenas ao alojamento. Isto significaria matar a economia de Lisboa e acabar com metade do setor mais importante da cidade, seria um colapso económico”, alerta o presidente da ALEP, Eduardo Miranda.
Em causa está a iniciativa do MRH que, para responder à atual crise da habitação na cidade, pretende avançar com a realização de um referendo municipal para proibir a atividade do AL em prédios com uso habitacional. No último ano e meio, o grupo de cidadãos reuniu mais de 11 mil assinaturas, sendo que 6600 correspondem a eleitores recenseados em Lisboa. “A habitação deve servir para as pessoas morarem e não para alojamento turístico. É muito difícil viver em Lisboa, as rendas estão altíssimas e os preços das casas são impossíveis de pagar. Nas conversas que tivemos com os signatários sentiu-se o desespero em relação à questão da habitação e há vontade e urgência em que se faça alguma coisa para mudar esta situação”, explica ao DN a porta-voz do movimento, Ana Pereira.
A proposta é que sejam referendadas duas questões: “Concorda em alterar o Regulamento Municipal do Alojamento Local no sentido de a Câmara Municipal de Lisboa, no prazo de 180 dias, ordenar o cancelamento dos alojamentos locais registados em imóveis destinados a habitação?” e “Concorda em alterar o Regulamento Municipal do Alojamento Local para que deixem de ser permitidos alojamentos locais em imóveis destinados a habitação?”.
Eduardo Miranda não poupa críticas à iniciativa que apelida de “farsa”. “É um circo político. É uma petição que, por coincidência, todos acreditam que atrasou dois anos para sair justamente perto das eleições autárquicas. Foi uma mera manobra estratégica”, aponta. O presidente da ALEP acusa os partidos políticos de se escudarem da ação para “perseguir” o AL e “ganhar alguma vantagem eleitoral”. “Há partidos sem soluções para a habitação e atacam o AL. É lamentável que se aproveitem de pessoas que estão frustradas e têm os seus problemas sociais para as levar a assinar algo sem que lhes seja explicado quais poderão ser os impactos”, diz.
Já a promotora rejeita as acusações e garante que o movimento que representa é independente. “Este foi um processo muito participado, por todo o tipo de pessoas e com vários cidadãos de Lisboa. A acontecer, o referendo irá realizar-se em época de pré-eleições, na primavera de 2025, mas não foi algo pensado ou uma estratégia política”, assegura a investigadora no Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa. Ana Pereira esclarece que as assinaturas foram recolhidas em fins de semana e nos tempos livres dos criadores do movimento o que justifica a demora do processo.
Referendo colide com a lei, mas pode condicionar autarquia
Da lista de argumentos para reprovar o referendo, enumerados pelo líder da associação que representa o AL no país, consta ainda o jurídico. “Pedir o encerramento de toda a atividade é ilegal. Há um vazio legal nesta proposta e a lei que acabou de entrar em vigor deixa claro como a água que não há nenhuma incompatibilidade [na exploração de AL em prédios afetos à habitação]”, adianta Eduardo Miranda.
O diploma a que o presidente da ALEP se refere, e que altera o regime jurídico da exploração dos estabelecimentos de AL , foi publicado em Diário da República em outubro e entrou em vigor a 1 de novembro.
O decreto-lei n.º 76/2024, que, no essencial, revoga medidas do pacote socialista Mais Habitação, delega nas autarquias um maior poder de decisão, em detrimento dos condóminos. Considera ainda compatível o exercício da atividade de AL em moradias e apartamentos mediante o cumprimento dos requisitos estabelecidos. Se até à entrada em vigor do novo diploma o condomínio tinha de dar luz verde à entrada de um novo AL num prédio de habitação, agora as regras mudaram. Desde o início do mês que uma deliberação do condomínio com o objetivo de proibir o AL “deve ser aprovada pela assembleia de condóminos por maioria representativa de dois terços da permilagem do prédio e produz efeitos para futuro, aplicando-se apenas aos pedidos de registo de AL submetidos em data posterior à deliberação”.
Para o advogado Miguel Ramos Ascensão o novo enquadramento legal responde às duas questões que o MRH quer ver referendadas em Lisboa. “A nova lei determina que os imóveis destinados à habitação não são impeditivos de AL, antes pelo contrário. É um dos requisitos para que o estabelecimento de AL seja licenciado. Se isso era uma dúvida foi dissipada pela legislação”, indica.
O especialista em direito imobiliário e urbanismo refere ainda não acreditar que o referendo possa, por si só, revogar a lei. “Esta iniciativa pretende quase tentar revogar uma lei da Assembleia da República através de um referendo municipal. É preciso ver em que moldes esse referendo poderia ter lugar e se teria capacidade para revogar aquilo que é uma lei aprovada por um órgão competente, que foi o Governo.”, adianta.
Já na questão do referendo que pretende ordenar o cancelamento dos AL em operação, o advogado questiona a legalidade. “Não faz grande sentido falar na revogação das licenças que estão atribuídas porque vai , com certeza, ferir a legalidade e do que é expectativa de qualquer investidor. Se nós vivemos num mercado livre e aberto não me parece que seja a solução. Quem investiu na última década as suas poupanças num negócio de AL veria comprometido o trabalho de uma vida se por acaso essas licenças fossem revogadas ao abrigo deste referendo”, refere ainda.
Miguel Ramos Ascensão explica que compete agora municípios fazer o levantamento sobre as áreas saturadas de AL e as que precisam de disponibilidade de imóveis destinados à habitação. “Uma das alterações mais interessantes do novo diploma é exatamente este aumento do poder das câmaras municipais para gerenciar a avaliação e a regulamentação da emissão de licenças de AL”, partilha. O especialista sublinha, contudo, a pertinência do mote do referendo que acredita que possa “condicionar, de alguma forma, o Executivo camarário a adotar uma posição de maior controle nesta regulamentação e os moldes nos quais a câmara irá agir no futuro”.
Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça
Outra das dúvidas que ladeia a iniciativa do grupo de cidadãos do MRH assenta no acórdão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que data de 2022. “Este acórdão é o nosso mote e este pedido de referendo baseou-se nele”, enquadra Ana Pereira.
O acórdão em questão definiu que “no regime da propriedade horizontal, a indicação no título constitutivo de que certa fração se destina a habitação deve ser interpretada no sentido de nela não ser permitida a realização de alojamento local”. Miguel Ramos Ascensão defende que, atualmente, o enquadramento deste acórdão é “irrelevante” uma vez que há uma lei que lhe sucede. “Na altura que isso foi decretado, o STJ decidiu num sentido que é agora irrelevante porque foi a lei que, já a seguir à decisão, vai esclarecer exatamente o contrário. Ou seja, o acórdão foi deferido no âmbito de um enquadramento legal que existia àquela data e não existe mais”, elucida.
Novo regulamento
No início desta semana a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou a proposta da câmara para a suspensão imediata de novas licenças de AL na cidade até à até à entrada em vigor da alteração ao Regulamento Municipal do AL.
Eduardo Miranda espera que o município desenhe um regulamento de forma “ponderada” com base em estudos e “números objetivos” e com “medidas proporcionais nas freguesias. “É preciso uma regulamentação equilibrada. Na Assembleia Municipal de Lisboa, principalmente na oposição, não há interesse em encontrar soluções. Ainda assim, quero acreditar que mesmo com as guerras de disputa de poder político, haja o mínimo de responsabilidade”, remata o presidente da ALEP.
Fonte:
Diário de Notícias
Condomínios perdem poder de decisão. E municípios ganham mais instrumentos para regular AL.
O Alojamento Local (AL) terá novas regras a partir de 1 de novembro, depois de o Governo da AD ter publicado um diploma que vem dar mais poderes aos municípios para regular e fiscalizar esta atividade turística e ainda revogar várias medidas do Mais Habitação. Assim, as licenças de AL deixam de ter prazo de validade de 5 anos e passam a ser transmissíveis. E os condomínios deixam de aprovar os novos registos de AL. As associações do setor já estão a reagir a estas novidades e a aplaudir as medidas, que podiam ter ido mais longe.
Foi esta quarta-feira, dia 23 de outubro, que foi publicado o Decreto-Lei n.º 76/2024, que altera o regime jurídico da exploração dos estabelecimentos de Alojamento Local. Estas são as principais alterações à atividade do AL que vão entrar em vigor já no próximo dia 1 de novembro:
- Prazo de validade das licenças de AL deixa de existir: este diploma revoga a medida do Mais Habitação que ditou que os registos de AL passavam a ter uma duração de 5 anos, podendo ser renovados por igual período;
- Registo do AL passa a poder ser transmitido (trata-se de outra medida do Mais Habitação que caiu por terra com este novo diploma);
- Condomínios deixam de aprovar novos registos de AL: ainda assim o novo diploma admite que os condomínios continuam a poder opor-se ao AL, mas com fundamentação à câmara municipal “na prática reiterada e comprovada de atos que perturbem a normal utilização do prédio”, explica o documento. E aí as autarquias podem decidir se se mantém ou não a licença de AL.
A revogação de várias medidas do AL vindas do Mais Habitação foi aplaudida pela Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que considerou que o novo regime é mais "justo e equilibrado". Em concreto, a AHRESP aplaude a eliminação da obrigatoriedade de renovação dos registos e a suspensão de novos registos, bem como o fim da reapreciação dos registos em 2030 e a caducidade automática dos registos inativos, considerando que o novo figurino legal "oferece aos operadores uma maior segurança jurídica e estabilidade para desenvolverem o seu negócio, sem receio de um cancelamento súbito da licença, por motivos que não controlavam", disse em comunicado citado pela Lusa.
O fim do "poder absoluto dos condomínios" para aprovar e cancelar licenças de AL é também sublinhado pela AHRESP que, considera que a possibilidade agora prevista "de transmissão dos registos em caso de mudança de propriedade" e a "definição clara das utilizações válidas" são também "elementos fundamentais para assegurar um equilíbrio justo entre os interesses dos empresários de AL e os residentes".
Municípios com mais poderes - e podem regulamentar onde há mais de mil AL
Além de revogar várias medidas do Mais Habitação sobre a atividade, este diploma dá maior poder aos municípios para desenhar um regulamento administrativo que vise regular a atividade do AL. E naqueles concelhos que tenham mais de 1.000 estabelecimentos de AL cabe à assembleia municipal deliberar sobre esse poder regulamentar.
Para a Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC) esta medida é “acertada” na medida em que “o poder local é o que melhor conhece a realidade de cada município”, mas “peca por não ser uma imposição, sendo apenas uma possibilidade”. Na visão da APEGAC, “deveria ser imposto que os municípios com mais de um determinado número de habitantes (no mínimo 30.000), tivessem, obrigatoriamente, de regular a atividade de AL no seu território, tendo em conta que podemos ter um pequeno município que atinja os 1.000 estabelecimentos de AL, quando já uma ou duas centenas seria excessivo e outros municípios em que o milhar de AL não seja significativo”, diz em comunicado enviado às redações.
Além disso, “a regulamentação permitiria o conhecimento prévio do que sobre esta matéria pretende cada município e maior segurança para quem pretenda investir neste negócio e para a população em geral”, acrescenta a associação presidida por Vitor Amaral.
Na elaboração das suas regulamentações sobre o AL, os municípios também têm à sua disposição mais instrumentos, podendo determinar que nas áreas de contenção e de crescimento sustentável não podem ser autorizados novos registos de AL, quando as frações tenham sido objeto de contrato de arrendamento urbano para habitação nos dois anos anteriores, assim como pode criar limite ao número de estabelecimentos, na proporção face ao número de fogos disponíveis para habitação.
A par de tudo isto, as autarquias também podem criar nos seus regulamentos a figura do provedor do Alojamento Local. Para a APEGAC está é uma medida “de saudar e só peca pelas mesmas razões”, ou seja, o provedor “deveria ser imposto a todos os municípios com um rácio de estabelecimentos por habitante em cada município”. Isto porque, argumentam, que este mediador do AL “poderá desempenhar um importante papel, especialmente ao nível da conflitualidade entre residentes e investidores de AL”.
Atividade de AL não poder ser exercida em prédios que proíbam
Segundo o mesmo diploma, a atividade de AL não poderá ser exercida em condomínios cujo título constitutivo da propriedade horizontal (PH) ou o regulamento que dele faça parte integrante, proíba expressamente esta atividade.
“No caso de os condóminos pretenderem alterar aquele regulamento com o objetivo de proibir o exercício da atividade de AL, terão de obter uma maioria representativa de dois terços da permilagem do prédio. No entanto, esta proibição não tem efeitos retroativos, o que significa que os estabelecimentos de AL existentes à data da deliberação não ficam por ela abrangidos”, clarifica a APEGAC.
Quem explorar o AL num prédio tem várias deveres e obrigações, alerta a associação:
- Ter livro de reclamações;
- Afixar no interior da fração os horários previstos no Regulamento Geral do Ruído;
- Ter um livro de informações sobre o funcionamento e regras de utilização, como é o caso da recolha e seleção de resíduos urbanos, ruído e cuidados a ter para evitar perturbações que causem incómodo e afetem a tranquilidade dos moradores;
- Regulamento do condomínio, “com destaque para as práticas e regras do condomínio que sejam relevantes para o AL e utilização das partes comuns”.
- Obras nas partes comuns do prédio para adaptar ou licenciar a fração para AL serão suportadas pelo proprietário do alojamento.
O mesmo proprietário não pode explorar mais de nove estabelecimentos de AL por edifício, na modalidade de apartamento, caso esse número seja superior a 75% do número total de frações, revela o diploma. E “o condomínio pode fixar o pagamento de uma contribuição adicional correspondente às despesas correntes da utilização acrescida das partes comuns, com um limite de 30% do valor anual da quota respetiva”, acrescentam
Fonte: Idealista/news
O turismo em Portugal, que estava relativamente estagnado por impacto da pandemia, está voltando a se mostrar um pilar importante da economia nacional.
Para Patricia Valentim, diretora-executiva da CV Assessoria Internacional, a recuperação do setor está maior do que os níveis pré-pandêmicos, além de representar aumento considerável em relação aos anos anteriores.
Contudo, o Consumo de Turismo no Território Econômico (CTTE) representa 15,8% do PIB.
“O turismo é um fenômeno multidisciplinar com impactos relevantes nas esferas social, ambiental e econômica globalmente. Sua importância tem se consolidado ao longo dos anos, desempenhando um papel fundamental na criação de empregos e no desenvolvimento de comunidades e territórios”, diz.
Portugal tem economia valorizada, além da criação de empregos
Segundo relatório do World Travel & Tourism Council (WTTC), o turismo no país contribuiu com 19,1% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.
Já em 2019, antes da pandemia, as Viagens e Turismo (incluindo os seus impactos diretos, indiretos e induzidos) representavam 10,5% de todos os empregos (334 milhões) e 10,4% do PIB global (10,3 biliões de dólares). Os gastos dos visitantes internacionais totalizaram US$ 1,91 trilhão.
Devido a esse desempenho, Portugal elevou-se ao quinto lugar na Europa, em termos de dependência do turismo, com uma contribuição de $ 45 bilhões.
Isso porque, apesar dos desafios trazidos pela pandemia, em 2022, o setor gerou um impacto direto e indireto de 29,2 bilhões de euros para o PIB, representando 12,2% do total nacional, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Essa indústria também representou 8,9% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) nacional, destacando sua importância como um motor econômico.
“Com a crescente demanda por serviços turísticos, a necessidade de recursos humanos qualificados em diversas áreas do segmento é mais evidente do que nunca”, afirma a especialista.
O setor turístico global ainda viu um aumento de 22 milhões de empregos em 2022, um crescimento de 7,9% em relação a 2021. O turismo em Portugal empregou indiretamente 950 mil pessoas, aumento de 5,6% em relação ao ano anterior. Esta expansão do emprego destaca a recuperação do turismo e a sua capacidade de adaptar-se e prosperar, mesmo em face de adversidades significativas.
Para Valentim, o impacto do setor transcende as fronteiras econômicas, criando uma cascata de oportunidades de investimento e desenvolvimento sustentável em todo o país. “É uma verdadeira força motriz que reforça a economia, a cultura e o espírito inovador portugueses”, pontua.
Ao ser eleito como o melhor destino de viagem na Europa em 2021, Portugal se tornou um local ainda mais atrativo para investimentos no setor. Valentim recomenda que, antes de optar por um nicho específico de turismo para apostar, é essencial compreender a diversidade de estilos que o país tem a oferecer.
A ascensão de Portugal como um dos líderes do turismo na Europa reflete um compromisso contínuo com a excelência e a inovação no setor.
Fonte: Money Times
Lembrando que “o aeroporto de Lisboa recusou no ano passado 1,3 milhões de passageiros"
O principal alerta vem dos Açores, onde a Ryanair cortou os voos semanais de 14 para 2, com impacto direto na queda de 25% nas taxas de ocupação no final do ano, ameaçando a transportadora avançar com reduções no Algarve ou na Madeira devido ao aumento das taxas aeroportuárias.
A redução de voos para Portugal já se tornou uma das principais preocupações dos hotéis para este ano, ultrapassando os habituais receios associados à falta de mão-de-obra ou aos efeitos da inflação, de acordo com o mais recente inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), cujo objetivo foi o de apurar os resultados de 2023 e perspetivas para o corrente ano.
A “instabilidade geopolítica”, com as guerras que se vivem no mundo, passou a ser o principal constrangimento do ano apontado pelos hotéis em Portugal, que mostram ter perspetivas mais arrefecidas para o crescimento do turismo face a 2023.
Mais de 90% dos hoteleiros dos Açores apontaram a questão da redução de voos como um dos principais receios para este ano, a par de mais de 70% na Madeira e de 58% no Algarve.
“Os Açores ‘afundaram-se’ no final do ano, passando as taxas de ocupação de 51% para 27%, o que foi uma queda brutal, à qual não foi alheia a redução da Ryanair de 14 para 2 voos por semana, e em consequência disso, por exemplo, o mercado francês parou na região”, destaca Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP.
A “preocupação” com a possibilidade de cortes de voos da companhia aérea estende-se aos hoteleiros da Madeira e do Algarve, “com a própria Ryanair a querer dar nota do aumento das taxas aeroportuárias” e das alterações que isso poderá trazer à sua operação, frisa ainda a responsável da AHP - lembrando que o tema do aumento das taxas nos aeroportos nacionais é uma preocupação para 2024 assumida pelo presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade.
Para a AHP, o inquérito às perspetivas dos hoteleiros quanto à evolução do turismo em Portugal em 2024 trouxe “surpresas”, em particular com o “salto gigantesco” na questão da 'instabilidade geopolítica', que passou a ser vista como a principal ameaça para 78% dos associados (e lembrando que o inquérito tem por base uma amostra de 476 hotéis, de todas as regiões do país).
“Pela primeira vez, a disseminação das taxas turísticas é apontada como um fator de constrangimento para 2024”, tal como passou a ser a ‘redução de voos’ para Portugal (receio evidenciado por 49%, cerca de metade dos inquiridos), ou o facto de o país estar em período de eleições (destacado por 10% dos hoteleiros). E ao mesmo tempo, a falta de mão-de-obra no turismo, que habitualmente dominava o quadro de preocupações do sector, pura e simplemente “desapareceu” e nem foi mencionada no recente inquérito.
AEROPORTO DE LISBOA ‘BLOQUEOU’ REFORÇO DE ROTAS PARA OS EUA
Entre os fatores mais críticos para 2024, 36% dos hoteleiros também destacaram a ‘capacidade do aeroporto de Lisboa’. “A incapacidade de resposta do aeroporto de Lisboa a companhias que podem trazer mais passageiros e receitas é um tema de grande preocupação”, frisa Bernardo Trindade, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, lembrando que se trata da “principal infraestrutura aeroportuária que serve todo o país”.
“Só em 2023, o aeroporto de Lisboa recusou o equivalente a 1 milhão e 300 mil lugares de avião, por incapacidade de resposta”, realçou Bernardo Trindade, explicitando que “o reforço de rotas para os Estados Unidos, por parte da TAP ou da SATA, a par de expansão de companhias, como a Saudi Airlines ou a Qatar Airways, não puderam ter expressão para nós por o aeroporto de Lisboa não ter capacidade”.
O crescimento turístico em Portugal está a vir sobretudo do lado dos Estados Unidos, cujos turistas foram considerados um dos principais mercados para 42% dos hoteleiros (mantendo-se os ingleses na pole position, para 50% dos casos), segundo o recente inquérito da AHP.
“2023 foi um ano positivo, e 2024 também pode ser, mas nunca com os níveis de crescimento que tivemos no ano passado”, antecipa Bernardo Trindade, frisando a necessidade de adotar uma visão de “prudência, pois estamos entre duas guerras, além de termos limitações a nível aeroportuário”.
As perspetivas dos hotéis para 2024 a nível de taxas de ocupação são de um ano “pior ou igual” a 2023, em Lisboa, nos Açores ou no Norte de Portugal, enquanto por exemplo na Madeira se espera que seja “idêntico” ao ano passado, mas “melhor no último trimestre”.
Bernardo Trindade põe também a tónica no “aumento das taxas de juro, que levou a um preço do crédito mais elevado”, e estão agora “ao dobro daquilo que tínhamos no período da pandemia”, frisando ser um tema que “em período eleitoral tem de estar na agenda política”.
“A saúde financeira das empresas turísticas melhorou, mas há nuvens no horizonte para 2024”, lembra ainda Cristina Siza Vieira, enfatizando a preocupação do sector com o tema do aumento de taxas nos aeroportos nacionais, e frisando que “falar de receitas ou de resultados é muito diferente”, e carregar nos custos de um sector com um comportamento económico positivo, mas que enfrenta desafios, está longe de ser a solução.
Sobre a situação que se vive na Madeira e os impactos que pode ter para o turismo, o presidente da associação hoteleira realça que “instabilidade não rima com confiança, e algo a que a política tem de estar muito atenta são os sinais da nossa economia.
Fonte: Expresso
expresso.pt
O Governo admite constrangimentos na entrega de comprovativos de atividade dos proprietários do alojamento local. O prazo termina em breve e há milhares de pessoas que continuam a não conseguir entrar no site para concluir o processo.
Fonte: Portal R7
A governação socialista e social-democrata, duas faces iguais da mesma moeda a que nos habituámos nas últimas décadas, assentaram muitas das suas decisões políticas no já velho conhecido mantra "se mexe, tributa-se; se continua a mexer, regulamenta-se; se eventualmente parar, subsidia-se".
Com o alojamento local ("AL") em Portugal, este mantra repete-se, assim, mais uma vez.
Em primeiro lugar, é inegável que nos encontramos numa crise habitacional profunda em Portugal, com preços médios significativamente elevados tanto para aquisição como para arrendamento.
Este paradigma económico no mercado imobiliário encerra múltiplas razões, umas do ponto de vista macroeconómico, outras do ponto de vista microeconómico.
No entanto, o atual Executivo liderado pelo Partido Socialista optou por culpabilizar o AL pela escassez verificada neste mercado, de forma errónea, na minha humilde opinião, quando este apenas representa cerca de 110 mil fogos em Portugal face a um total de 3,6 milhões de fogos habitacionais, ou seja, a módica percentagem de 3%, entre outros argumentos que não irei explorar no presente artigo.
Assim, o Governo colocou em consulta pública a Proposta de Lei n.º 64/XXIII/2023 com o programa Mais Habitação com um novo imposto, especialmente desenhado para esta atividade económica - a Contribuição Extraordinária sobre o Alojamento Local.
Em linhas muito simples, este imposto calcula-se da seguinte forma: aplica-se uma taxa de 35% sobre o número de m2 do fogo destinado ao AL e multiplica-se este número por dois coeficientes - o coeficiente económico do AL e o coeficiente de pressão urbanística.
Comecemos com o primeiro coeficiente, o coeficiente económico do AL. Este corresponde ao quociente entre o rendimento médio anual por quarto disponível (RevPAR), em alojamento local apurado pelo Instituto Nacional de Estatística, e a área bruta mínima de um fogo habitacional de tipologia T1, segundo o Regulamento Geral das Edificações Urbanas e que corresponde a 52 m2.
Quanto ao segundo coeficiente, o coeficiente de pressão urbanística, este revela-se um pouco mais complexo e corresponde ao quociente entre a variação positiva da renda de referência por m2 , entre 2015 e o ano anterior, e a variação positiva da renda de referência por m2 na zona em que tal variação seja mais elevada a nível nacional, sendo tal renda de referência, em termos gerais, a mediana da renda por m2 dos contratos de arrendamento habitacional permanente, comunicados através do modelo 2 do Imposto do Selo.
Este imposto pretende assim, de forma paulatina, desencorajar qualquer português a afetar um fogo habitacional que detenha para a atividade económica do AL, impondo-lhe uma contribuição fiscal muito onerosa para esse mesmo efeito.
A título de exemplo, apresento abaixo algumas simulações da Contribuição Extraordinária sobre o Alojamento Local que serão devidas, à luz desta atual formulação, assumindo como pressuposto o coeficiente de pressão urbanística em 0,75, ou seja, que a variação da renda de referência da zona onde se encontra implantado o AL entre 2015 e o ano anterior corresponde a 75% da variação máxima da renda de referência verificada a nível nacional:
Em jeito de resumo, esta contribuição apresenta logo dois potenciais problemas de incompatibilidade com a Constituição da República Portuguesa.
Por um lado, como é uma contribuição que incide sobre a afetação do imóvel, incide sobre um rendimento presumido e não sobre o rendimento real que essa afetação para o AL irá efetivamente gerar, contrariando o princípio da tributação pelo rendimento real, que se encontra aduzido pelo n.º 2 do artigo 104.º da Constituição da República Portuguesa ("CRP").
Por outro lado, esta é uma contribuição passível de contrariar o princípio da capacidade contributiva aduzido pelo artigo 13.º da CRP, tanto que nada garante ao titular do AL que obtenha receitas de €1.935,41, €2.679,80, €3.386,97, ou €3.908,04 com o seu T1, T2, T3 ou T4, respetivamente no prazo de um, dois, três ou mesmo cinco anos de forma a fazer o break-even desta contribuição (desconsiderando os demais encargos fiscais em sede de IRS/IRC, IMI, AIMI, IMT, Imposto do Selo).
Assim, e a curto prazo, a presente contribuição poderá configurar uma situação de confisco, onde a liquidação do imposto é superior ao rendimento anual apurado.
Perante o exposto, a presente Contribuição Extraordinária sobre o Alojamento Local não representa uma nova coleta de receitas fiscais para políticas públicas de habitação, nem um imposto pigouviano para correção de externalidades negativas.
Representa sim uma tentativa desesperada de acabar com o AL, bode expiatório consagrado da atual crise habitacional em Portugal, ignorando os elefantes na sala, que são a escassez de novas construções, os imóveis devolutos estatais nos grandes centros urbanos e a asfixia fiscal sobre os portugueses que diminui, de forma significativa, o seu rendimento disponível.
Ignora que o AL permitiu reabilitar os centros históricos das grandes cidades portuguesas onde, há 10 anos, o edifício devoluto sem ninguém a viver, a rua deserta e o vandalismo eram a norma e não a exceção.
Ignora que o AL tem sido o motor do turismo em Portugal na última década, e que encaixou que nem uma luva na maioria do volume de turistas que chegavam ao nosso país através de companhias aéreas low-cost, ao configurar uma alternativa de alojamento mais barata que a hotelaria tradicional.
Ignora assim que o AL, de forma indireta, contribuiu para minorar os efeitos económicos da crise das dívidas soberanas e das medidas draconianas da Troika e, bem assim, contribuiu para melhorar o défice crónico português da Balança de Bens e Serviços.
Ignora que o AL é uma atividade económica, como a hotelaria, o comércio e os serviços e que estes, tal como o AL, ocupam m2 valiosos de solo nos centros das cidades portuguesas que podiam ser destinados para fins habitacionais. Porém, apenas o AL é que ficou no olho do furacão destas medidas governamentais, sem razão justificativa.
Por tudo isto, devemos retirar as seguintes conclusões: a presente medida não contribuirá para mais oferta habitacional, nem menores preços médios na aquisição ou arrendamento para habitação própria e permanente de forma instantânea e, igualmente, esta medida terá efeitos perniciosos na indústria do turismo em Portugal, que poderá perder o fulgor a que nos tem habituado nos últimos anos e implicar ramificações macroeconómicas mais relevantes.
Como última nota, destacar o cinismo da inclusão da palavra "extraordinária" no nome desta Contribuição Extraordinária sobre o Alojamento Local.
Infelizmente, em Portugal, os apoios sociais e os impostos poder-se-ão intitular "extraordinários", mas apenas os primeiros é que possuem essa característica na prática.
A título de exemplo, a Derrama Estadual, a Contribuição sobre o Setor Bancário e a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético configuravam impostos extraordinários aquando da sua publicação em Diário de República mas, curiosamente, continuam em vigor, passados 13 anos, 12 anos e nove anos, respetivamente.
O turismo, um dos principais motores da economia portuguesa, representava quase 15% do produto interno bruto antes da pandemia
O número de turistas estrangeiros em visita a Portugal ultrapassou os oito milhões entre janeiro e junho, tornando-se o melhor primeiro semestre de todos os tempos, revelaram dados oficiais nesta segunda-feira (14).
O Instituto Nacional de Estatística disse que quase 8,2 milhões de estrangeiros ficaram em hotéis portugueses no período, ante 6,3 milhões há um ano e 7,4 milhões nos primeiros seis meses de 2019, um ano recorde para o turismo antes que a pandemia de Covid-19 prejudicasse as viagens globais em 2020.
O turismo, um dos principais motores da economia portuguesa, representava quase 15% do produto interno bruto antes da pandemia.
Os visitantes do Reino Unido representaram a maior parcela no primeiro semestre, com mais de um milhão de visitantes, seguidos de perto por norte-americanos e espanhóis.
Em junho, os Estados Unidos, que tem crescido significativamente como fonte de turismo para Portugal, já representavam o segundo maior grupo de visitantes estrangeiros.
O INE disse que o setor hoteleiro registrou 13,6 milhões de hóspedes, incluindo viajantes locais, no primeiro semestre, enquanto as receitas hoteleiras totais aumentaram 32% em relação ao ano anterior, para 2,5 bilhões de euros.
Num relatório à parte, o instituto afirmou que o número de passageiros que passaram pelos aeroportos portugueses nos primeiros seis meses saltou quase 30% na comparação anual e subiu 12% ante o primeiro semestre de 2019.
Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo, as viagens internacionais atingiram este ano cerca de 90% dos níveis pré-pandemia, com a recuperação sendo liderada pelos visitantes do sul da Europa.
Fonte: Epoca Negócios
Bloco diz que permissão dada por Portugal a pessoas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) não permite viagens a outros países do continente.
A União Europeia abriu um processo contra Portugal questionando a entrada, em países do bloco, de turistas, incluindo brasileiros, que têm o visto de residência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Portugal colocou em vigor em março a lei que dá uma autorização de residência "automática" para imigrantes dos países da CPLP, formada, além de Portugal e Brasil, por Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Com o novo modelo, pessoas destes países podem solicitar a permanência por um ano em Portugal, podendo trabalhar, se inscrever em cursos ou alugar imóveis no país, por exemplo.
Mas a Comissão Europeia alega que não é permitido usar o visto da CPLP para visitar outros países do bloco, para turistas, o limite para este tipo de circulação é de 90 dias.
Esta posição é confirmada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, mas o governo português diz que vai continuar emitindo o documento.
**Para UE, visto viola acordo**
O bloco europeu afirma que o visto para viajantes da CPLP viola o acordo de Schengen, que define um espaço de livre circulação na Europa, e o regulamento do bloco europeu que "estabelece um modelo uniforme de título de residência para os nacionais de países terceiros".
O espaço Schengen foi criado em 1985 e, atualmente, conta com 27 países, incluindo 4 que não são da União Europeia. É a maior zona de livre circulação do mundo e vai de Portugal até a Finlândia.
O órgão notificou Portugal e estabeleceu um prazo de dois meses para que o país apresente o seu posicionamento. Se não houver uma resposta nesse período, o bloco europeu poderá emitir um parecer fundamentado, em que vai detalhar seu questionamento.
**O que diz Portugal**
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal disse ao g1 que a autorização de residência para pessoas de países da CPLP "não confere o direito de livre circulação nos países do Espaço Schengen".
Segundo o órgão, os cidadãos brasileiros podem viajar em turismo pelo Espaço Schengen desde que a permanência no território não ultrapasse 90 dias num período de 180 dias (veja a nota na íntegra ao final).
O SEF informou ainda que, desde março, mais de 154 mil cidadãos da CPLP pediram autorização de residência em Portugal, sendo que 140 mil já receberam o documento. Quase três em cada quatro pedidos é de brasileiros, de acordo com o órgão.
O governo de Portugal disse na segunda-feira (2) que o acordo de mobilidade de Portugal com os demais países da CPLP vai continuar.
Segundo a agência de notícias Lusa, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus em Portugal, Tiago Antunes, afirmou que o governo português "nunca teria adotado estas regras se achasse que estavam em contravenção com o regime Schengen".
"Fomos surpreendidos na semana passada com a abertura do procedimento de infração por parte da Comissão Europeia. Temos alguma dificuldade em compreender isso", disse Antunes.
Confira a nota da SEF na íntegra:
"O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) esclarece que a atribuição de uma Autorização de Residência CPLP (AR CPLP) tem a duração de um ano e não confere o direito de livre circulação nos países do Espaço Schengen.
No caso específico dos cidadãos brasileiros, a circulação nos países do Espaço Schengen, para viagens de turismo, está facilitada pela isenção de visto, da qual beneficiam por força do Regulamento (U.E.) 2018/1806 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de novembro de 2018 que fixa entre outras, a lista dos países terceiros cujos nacionais estão isentos dessa obrigação, e da qual o Brasil é parte integrante. Neste contexto, os cidadãos brasileiros podem viajar em turismo, desde que a permanência em território Schengen não ultrapasse os 90 dias num período de 180 dias, conforme consta no art.º 4.º do referido Regulamento.
Aos titulares de AR CPLP são reconhecidos em território nacional os mesmos direitos, liberdades e garantias que aos cidadãos nacionais e o gozo de igualdade de tratamento relativamente aos direitos económicos, sociais e culturais, em particular no que respeita ao acesso ao ensino, ao mercado de trabalho e a cuidados de saúde.
Com a implementação do novo modelo de concessão de AR CPLP, no passado mês de março, mais de 154 mil cidadãos da CPLP apresentaram pedido de certificado de autorização de residência junto do SEF. Destes, mais de 140 mil já têm o documento emitido.
A grande maioria do total de pedidos (74,5%) é de nacionais do Brasil, seguidos dos de Angola (9,6%), São Tomé e Príncipe (6,4%) e Cabo Verde (4,4%)."
Fonte; G1
O alojamento local gera à maior parte dos proprietários menos de 20 mil euros por ano, mas representa para 39% deles mais de metade do orçamento familiar, conclui um estudo da NovaSBE.
O alojamento local gera à maior parte dos seus proprietários menos de 20 mil euros por ano, mas representa para 39% deles mais de metade do orçamento familiar, conclui um estudo realizado pela NovaSBE e apresentado esta terça-feira.
Na apresentação das conclusões finais do “Estudo de impacto do alojamento local em Portugal”, em Lisboa, o economista e investigador da Nova School of Business & Economics Pedro Brinca destacou que 46% dos alojamentos locais em Portugal geram menos de 20 mil euros por ano aos seus proprietários.
Simultaneamente, essa receita representa “mais de 60% do orçamento familiar” para 39% dos inquiridos no estudo, realizado a pedido da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) e que se baseia em 1.820 respostas de proprietários e gestores.
Este é um dos dados que leva a equipa que realizou o estudo a concluir que o alojamento local “tem sido um motor da economia nacional”, gerando “valor acrescentado” quer na atividade económica, quer no emprego.
Com base em números de 2019, o estudo contabiliza que o setor seja responsável por 306.096 empregos diretos e indiretos (o que representa 6,18% do total nacional). Ou seja, cada alojamento local cria “quase quatro empregos”, especifica.
Já no que respeita ao Produto Interno Bruto (PIB), a contribuição das despesas de turistas que ficaram hospedados em alojamentos locais em 2019 chegou aos 9,9 mil milhões de euros (4,64% do PIB nacional) � isto baseado no “efeito multiplicador” em setores como a restauração e os transportes, por exemplo.
Tanto a contribuição para a atividade económica como para a criação de empregos têm vindo a crescer desde 2016, segundo o estudo.
O crescimento do turismo em Portugal � sublinha a ALEP no comunicado a propósito dos resultados do estudo � “só foi possível devido ao aparecimento do alojamento local, que já representa 40% das dormidas turísticas”.
A despesa feita pelos hóspedes em alojamentos locais “cresceu 57% entre 2016 e 2019”, acrescenta a associação.
Proprietários rejeitam arrendamento de longa duração
Em junho, numa entrevista à Lusa, a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, contabilizou 70 mil alojamentos locais em Portugal, mas, nessa mesma altura, o Registo Nacional de Alojamento Local (do Turismo de Portugal) indicava que existiam mais de 100 mil.
Logo no início da apresentação, Pedro Brinca � em nome dos autores do estudo, que incluem ainda João Bernardo Duarte e Joao Pedro Ferreira � sublinhou que não se focaram no “impacto” do alojamento local “no problema da habitação”.
Porém, o inquérito incluiu perguntas sobre o “impacto do Programa Mais Habitação” e suas “consequências”.
Sobre isto, mais de metade dos inquiridos antecipam que terão de “reduzir custos, encerrar a atividade ou cortar em futuros investimentos”.
A esmagadora maioria não vê no pacote de medidas adotado pelo Governo (que, após o veto presidencial, aguarda pela discussão na Assembleia da República, prevendo-se que a maioria PS o aprove novamente) “uma boa oportunidade para fazer investimentos”.
Aliás, a grande maioria dos proprietários afasta a possibilidade de transferir os seus alojamentos locais para o arrendamento tradicional de longa duração ou para arrendamento a estudantes, excluindo também que passem a habitação permanente, pessoal ou familiar.
As opções mais plausíveis são arrendar a estrangeiros (média duração, de um a 12 meses), manter os alojamentos locais como casas de férias e segundas habitações ou mesmo vender os imóveis.
O estudo traça ainda o retrato do setor, demonstrando que quase dois terços dos proprietários de alojamentos locais (62%) são pessoas singulares e que a maioria tem apenas um alojamento local (e 80% têm menos de três, configurando pequenos proprietários).
Um terço dos proprietários são pessoas em idade ativa, em género relativamente equilibrado (53% homens e 47% mulheres) e a maioria têm ensino superior, indicam os resultados.
O estudo refere ainda que 62% dos proprietários “investiram na reabilitação” das habitações, sendo que “mais de 40%” dos imóveis “estavam devolutos ou em mau estado de conservação”.
Os autores da NovaSBE realçam ainda que o setor está subrepresentado nas estatísticas oficiais, onde só aparecem os alojamentos locais com capacidade superior a dez camas, deixando de fora 80%. Se se passar a incluir os de capacidade inferior a dez camas, o número “quase quadruplicará”, estimam.
O estudo conclui ainda que o alojamento local “é uma realidade em todo o território nacional”, com Lisboa e Porto a concentrarem “apenas” 26% (17% e 9%, respetivamente).
Fonte: Observador
O número de propriedades a pedir licenciamento para entrar no AL nunca foi tão elevado. Associação do setor diz que pacote Mais Habitação e travão aos registos instigou corrida, mas maioria serão licenças fantasma.
Nunca houve tantos pedidos de licenças para Alojamento Local (AL) como na primeira metade deste ano. Entre janeiro e junho foram registadas 11285 novas propriedades, uma subida de 68% face a igual período homólogo, de acordo com as contas feitas pelo Dinheiro Vivo, através dos dados disponíveis no Registo Nacional de Estabelecimentos de Alojamento Local (RNAL). Comparando com o primeiro semestre de 2018, até agora o ano recorde com mais registos de AL, as novas licenças subiram 6%. Ou seja, a corrida aos registos atingiu um máximo histórico até ao passado mês de junho.
Para a Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) a leitura dos números é clara: a sede de licenças foi uma resposta "ao ambiente de incerteza e irracionalidade" provocado pelo pacote Mais Habitação. "Sempre que se anunciam restrições, encerramentos ou suspensões relativamente ao AL é desencadeado este ambiente de "última oportunidade"". Desde 16 de fevereiro [data em que o governo apresentou o pacote de medidas para responder à crise na habitação] que existe esta ideia entre os proprietários, de que o AL pode encerrar a qualquer momento", explica ao Dinheiro Vivo o presidente da ALEP.
Eduardo Miranda assegura que estes foram registos "preventivos" baseados no receio de, futuramente, não ser possível entrar no mercado. "Não há um aumento de dormidas ou de procura turística no país que justifique estes números", aponta.
Segundo o responsável da associação que representa esta fileira de alojamento de curta duração no país, existe um milhão de casas de férias em Portugal e apenas 119 mil registos de AL. Para os donos de uma segunda habitação, os meses que antecederam a aprovação do Mais Habitação traduziram-se num cenário de "agora ou nunca". "As pessoas ficaram perdidas com as mudanças de regras e, na dúvida e por precaução, pediram já o registo para acutelar, por exemplo, uma situação futura de crise em precisem de recorrer a esta atividade", adianta.
Ou seja, na prática, é provável que uma grande fatia destas novas licenças atribuídas nos primeiros seis meses do ano corresponda a "registos fantasma" e não a um crescimento efetivo da oferta. As contas exatas, explica a ALEP, só poderão ser apuradas no final do ano, quando for feito o levantamento das propriedades que estiveram ativas.
Destinos de praia lideram
As novas regras aprovadas no passado mês de julho no Parlamento, apenas com os votos a favor do PS, colocam um ponto final aos novos registos de AL até 20230, nas modalidades de apartamentos e estabelecimentos de hospedagem integrados numa fração autónoma de edifício, em todo o território nacional, à exceção das regiões do interior de baixa densidade. Por isso mesmo, destaca Eduardo Miranda,
foi nas zonas "de praia e do litoral, como o Algarve ou Leiria" onde as novas licenças mais cresceram "em termos absolutos".
Em Faro registaram-se 4726 novas licenças de AL até junho, que compara com os 2486 licenciamentos aprovados em igual período de 2022. Já Leiria somou 642 registos, quase o dobro face ao ano passado. Também em Setúbal as licenças dispararam 166% para 881 pedidos aprovados em seis meses. Fora da linha litoral, Santarém viu os registos mais do que triplicar e também Évora (+134%) e Coimbra (+133%) aparecem no topo da tabela. O presidente da ALEP refere que "é um bom sinal a dinâmica dos novos registos no interior", mas alerta que o "crescimento absoluto mais expressivo e não percentual das novas licenças se verificou a sul do país e foi esse que contribuiu para este salto no semestre".
Olhando para o mapa nacional, à exceção do Porto (-1,3%), todos os distritos registaram subidas homóloga. Lisboa foi a região que menos cresceu (1317 registos, +16%), tendo praticamente igualado o número de licenças atribuídas no ano passado. O facto de as duas grandes cidades terem já regulamentos para a atividade e travões em zonas de contenção, como na capital, explica o equilíbrio dos números. "Lisboa e Porto são mercados que já estavam maduros em termos de desenvolvimento e de regras. Só demonstra que a regulamentação existente, e que poderia ser melhorada, era mais do que suficiente. Os municípios já tinham instrumentos e havia legislação suficiente para controlar a atividade", lamenta Eduardo Miranda.
O presidente da ALEP, que tem sido uma das vozes contra o pacote Mais Habitação, defende que é aos municípios que deveria caber a função de controlar o crescimento da atividade e assegura que a nova legislação vai promover o crescimento do negócio ilegal. "Há milhares de pessoas que daqui a uns meses vão acordar com o aumento dos juros. O valor dos empréstimos vai subir muito e haverá um problema gigantesco: as pessoas não irão poder mas vão precisar [de rentabilizar as casas ]. É um incentivo à ilegalidade e basta lembrar o que era o Algarve há dez anos. É um incentivo às camas paralelas", afiança.
Fonte: Dinheiro Vivo
BRASILEIROS PROCURMA INVESTIMENTOS EM HABITACIONAIS E DE HOTELARIA PORTUGAL
O setor de turismo em Portugal atingiu um novo recorde em 2022. Faturou 37,8 mil milhões de euros, de acordo com os dados preliminares Instituto Nacional de INE ao analisar a conta-satélite do setor. O valor de 2022 calculado pelo INE supera em mais 4,9 bilhões de euros o máximo que tinha sido atingido em 2019 ficando 16,7 bilhões acima de 2021.
No ano passado, Portugal recebeu cerca de 4,5 milhões de turistas estrangeiros, o que representa um aumento de 44% sobre o total de 2021. O indicador analisa à procura turística (designado “consumo de turismo no território econômico - CTTE) e engloba tanto os visitantes não residentes como os visitantes residentes que viajam dentro de Portugal e ainda a componente de consumo interno efetuada pelos visitantes residentes no país quando fazem uma viagem turística no exterior do país .
Por sua vez o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da economia nacional em 2022 foi calculado em 24,9 bilhões, equivalente a 12% do total. Em 2022, afirma o INE, o PIB do turismo registrou um crescimento nominal de 75,2% comparado a 2021 e de 15% em relação a pré-pandemia (2019).
Segundo o INE, durante a pandemia, aconteceu uma forte redução da atividade turística que penalizou a variação do PIB embora em 2022 tenha se observado o contrário com o turismo passando a ser determinante para a expansão da atividade econômica do país. Segundo o INE, o turismo foi responsável por 5,8 pontos percentuais dos 11,4% de crescimento nominal do PIB registrado em 2022.
Os produtos que mais contribuíram para o PIB turístico segundo o INE formam os serviços de alojamento, a restauração e similares, os transportes (especialmente os transportes aéreos). Os serviços de aluguel foram os que mais sofreram os impactos econômicos da pandemia mas com a volta da normalidade ele aumentaram 146,5% no setor de transportes aéreo e 82,3% nos serviços de alojamento que incluem hotelaria.
O setor de alojamento tem uma estimativa 8,43 bilhões de euros o que corresponde à maior fatia, seguindo-se a restaurantes e similares, com 7,38 bilhões de euros.
Até agora os dados que se conheciam referentes a 2022 eram os das exportações e importações de viagens e turismo do Banco de Portugal. Segundo o Banco Central, as exportações de turismo chegaram aos 21,10 bilhões de euros no ano passado, um valor recorde que superou as estimativas mais recentes do Banco de Portugal e do Governo.
Para o setor do turismo, o Verão que se aproxima deverá ser “excelente”, prevendo-se que sejam batidos novos recordes em receitas e, provavelmente, também em número de turistas e dormidas, depois de o ano passado ter sido já superior em receitas comprado a 2019 (quando tinham sido observado novos recorde dos indicadores).
Em abril último, a Embratur e o Instituto Público do Turismo de Portugal assinaram acordo de cooperação para trocar experiências nas áreas de inovação e tecnologia da informação com foco na promoção internacional do turismo. A assinatura foi realizada em Lisboa, durante a 13ª Cimeira Luso-Brasileira, e contou com a participação do presidente Lula e do primeiro-ministro de Portugal, António Costa. Além do intercâmbio de experiências no campo da inovação tecnológica, os países vão trocar informações sobre ações para atrair turistas estrangeiros com base em segmentações que vão do surf ao turismo literário.
O acordo, que prevê o intercâmbio de “boas práticas na promoção internacional do turismo e atração de turistas estrangeiros”, também tem a finalidade de ampliar o fluxo de turistas entre os dois países. Em 2022, quase um milhão de brasileiros visitaram Portugal, ao tempo em que 150 mil portugueses vieram ao Brasil.
O mercado imobiliário de Portugal passou por um boom nos últimos dois anos e brasileiros viram uma oportunidade de investir em imóveis para ganhar com aluguel. O governo português alterou a cobrança de impostos sobre os arrendamentos. Até maio, o imposto cobrado pelos rendimentos era de 28%. A partir do mês de julho, o governo vai baixar para 20% o imposto cobrado sobre os rendimentos.
Em abril último, a Embratur e o Instituto Público do Turismo de Portugal assinaram acordo de cooperação para trocar experiências nas áreas de inovação e tecnologia da informação com foco na promoção internacional do turismo. A assinatura foi realizada em Lisboa, durante a 13ª Cimeira Luso-Brasileira, e contou com a participação do presidente Lula e do primeiro-ministro de Portugal, António Costa. Além do intercâmbio de experiências no campo da inovação tecnológica, os países vão trocar informações sobre ações para atrair turistas estrangeiros com base em segmentações que vão do surf ao turismo literário.
O aquecimento do setor pode ser notado pelo avanço nos preços: segundo dados do Instituto Nacional de Estatística de Portugal, publicados em março de 2023, os preços dos aluguéis de moradias em Portugal saltaram 10,6%, o correspondente a 6,91 euros (US$ 7,49) por metro quadrado no último trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021.
A valorização dos preços dos imóveis é atrativa, segundo o especialista. Se um investidor comprar um imóvel na planta, durante todo o período até a entrega das chaves o proprietário pode obter um ganho de capital de até 20%, o que é vantajoso para as vendas. Os dados do Instituto Nacional de Estatística de Portugal comprovam o cenário. Um relatório publicado em março de 2022 mostrou que os preços dos imóveis avançaram em 2022, quando comparado a 2021.
Fonte: JC Negócios
Aumento do valor do metro quadrado em cinco cidades europeias analisadas foi causado pela escassez de imóveis disponíveis para aluguel
O mercado imobiliário confirmou o que muitos brasileiros sentem no bolso quando saem às ruas em busca de apartamento para morar em Lisboa.
Alugar um imóvel na capital de Portugal é mais caro que em Madri e equivale ao mesmo custo de Barcelona.
O preço do metro quadrado em Lisboa chegou a € 21 em 2022. Um aumento em 12 meses de 36,9%. Valor que supera duas das mais caras cidades europeias: Paris (+4,5%) e Milão (+19,3%).
Ainda assim, Lisboa fica abaixo do valor metro quadrado na capital francesa (€ 41) e na cidade do norte da Itália (€ 23). Em Barcelona custa € 21. Em Madri, € 17.
Os dados foram publicados no Relatório do Mercado Residencial para o 4º trimestre de 2022, de autoria da Casafari, empresa especializada no setor imobiliário europeu.
As cinco cidades analisadas tiveram aumento médio de 17,9% em um ano. Um impulso causado pela escassez de imóveis disponíveis para aluguel.
Para os brasileiros que pensam em se mudar este ano para Portugal, o aviso é que a tendência de subida deverá permanecer.
Por outro lado, o preço para venda começa a estabilizar. Neste sentido, Paris é a mais cara disparado: € 12.551 o m/2. Lisboa vem logo depois, com € 4.947.
Fonte: O Globo
Interesse estrangeiro pelo imobiliário português segue em alta e obras estão a sair do papel, mas contexto atual é de incerteza.
A atual conjuntura económica deixa antever que vêm aí tempos difíceis. Com uma crise energética internacional como pano de fundo, a taxa de inflação está alta e a bater recordes, o Banco Central Europeu (BCE) responde com o aumento das taxas de juro, os custos de construção teimam em manter-se elevados e a tudo isto há que juntar, claro, o facto de o poder de compra estar a cair, bem como a taxa de poupança. Mas resiliência continua a ser a palavra de ordem no setor imobiliário e da construção. Foi assim durante o pico da pandemia da Covid-19 e tem sido assim, até agora, em tempos de guerra. Os investidores estrangeiros continuam a ter Portugal no radar e o setor está a dar boa resposta, apesar dos desafios e das incertezas existentes.
“O setor imobiliário aguentou uma crise pandémica e está a aguentar uma crise económica. Prova o que o Banco de Portugal disse no início da pandemia, em 2020, que o setor imobiliário é um dos mais resilientes da economia, senão o mais resiliente”, começa por dizer ao idealista/news Hugo Santos Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII).
Segundo o responsável, que falava à margem de uma visita às obras de reabilitação do Quarteirão do Rossio, trata-se de uma iniciativa organizada pela própria APPII, apesar de todas as dificuldades existentes, “o setor está a andar para a frente e tem conseguido adaptar-se”.
“Creio que 2023 vai ser um ano ainda mais desafiante que 2022. Os números de 2022, em termos de volume de investimento, demonstram que vai ser um ano muito interessante. No segmento comercial já se ultrapassou o ano de 2021, no residencial os números ainda não são conhecidos, mas penso que não ficaremos muito atrás de 2021, que foi o melhor ano de sempre. Agora é um ano de alguma incerteza. Quando é que acaba a guerra? Quando é que a taxa de inflação e as taxas de juro estabilizam? Diria que vai ser um ano de incerteza e de mais desafios”, frisa.
Fluxo migratório do Brasil ao país europeu deve aumentar devido às novas regras para liberação de visto
O número de brasileiros que vivem em situação regular em Portugal bateu recorde em 2022 � são 252 mil. O levantamento foi revelado pelo jornal “Diário de Notícias”, a partir de números do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), órgão responsável pelo setor de imigração do país europeu.
Os dados não incluem quem tem dupla cidadania de Portugal ou de outro país da União Europeia e tampouco quem reside de forma irregular no país.
Os 252 mil brasileiros registrados representam um acréscimo de pouco mais de 23% em relação à contagem realizada no final do ano passado.
O fluxo migratório do Brasil para Portugal só tende a crescer com os novos vistos de trabalho aprovados pelo Parlamento, em julho. As medidas, porém, ainda não foram totalmente implementadas.
Segundo o texto da nova política imigratória, estrangeiros que pertencem à CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) poderão permanecer em Portugal por 120 dias, com direito a 60 dias prorrogáveis, para que consigam contrato de trabalho, condição para o visto de permanência.
Os países da CPLP são Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Durante o período do visto, o profissional pode dar entrada na autorização de residência (AR) para regularizar a moradia, caso seja contratado. Para conseguir o documento, o cidadão não pode ter antecedente criminal e precisa ter passagem de retorno ao país de origem, já que o visto é temporário.
Os solicitantes do visto também precisarão comprovar renda mínima, cujo valor não foi definido e será divulgado em portaria, ainda a ser publicada.
Se nenhum contrato de trabalho for firmado dentro do prazo estabelecido, a regra diz que os estrangeiros da CPLP deverão deixar Portugal podendo solicitar novo pedido do visto específico um ano após o vencimento do documento anterior.
O Projeto de Lei é do Partido Socialista e foi aprovado pelo Conselho de Ministros do Parlamento português. O texto segue para sanção do presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
Nômades digitais
Também foi garantida a criação de um visto para imigrantes que sejam nômades digitais e trabalhem de forma remota em Portugal para outros países, sendo válido para profissionais freelancers e funcionários de empresas estrangeiras.
Dentro do pacote de novas regras, os estrangeiros da CPLP terão acesso facilitado aos números de identificação fiscal, que funciona como um CPF; e de Segurança Social e registro, no Sistema Nacional de Saúde.
Segundo o jornal “Diário de Notícias”, os novos procedimentos buscam atrair imigrantes de forma regulada e integrada para o desenvolvimento do país. Portugal enfrenta uma escassez de mão de obra, sobretudo, nos setores de serviços e turismo.
Assiste-se a uma recuperação de registos na capital, que foi “quase nula” durante a pandemia.
A suspensão do Alojamento Local (AL) em Lisboa foi anunciada durante a campanha de Fernando Medina para as Autárquicas de 2021. Apesar de Carlos Moedas ter assumido as rédeas da Câmara Municipal de Lisboa, a oposição uniu-se para aprovar esta medida em dezembro passado. E, de lá para cá, tem-se assistido à corrida ao AL na capital portuguesa: só entre dezembro e janeiro foram registados 268 estabelecimentos (+222 que há um ano em igual período). Assiste-se, assim, a uma recuperação de registos, que foi “quase nula” durante a pandemia na capital, e que, por outro lado, cresceu e muito no interior do país.
O que os dados mais da Associação de Alojamento Local em Portugal (ALEP) mostram é que quando são anunciadas mudanças na lei do AL, há uma corrida às licenças sejam mais ou menos notórias. No final de 2019, a aprovação do regulamento do AL e ampliação das áreas de contenção a zonas como a Baixa, Liberdade, Fontes Pereira de Melo e Almirante Reis, fez disparar o número de licenças em novembro de 2019 para 436 (+316 que no mês anterior).
Quase dois anos depois, o anúncio de suspensão de novos registos de AL dado pelo PS na sua campanha eleitoral por Lisboa, também fez crescer o número de licenças: passou de 26 registos em agosto de 2021 para 62 em setembro e 99 em outubro, mostram o relatório sobre o AL em Lisboa durante a pandemia enviado às redações esta segunda-feira, dia 7 de fevereiro de 2022.
Mais tarde, no dia 15 de dezembro de 2021, a proposta do PS acabou mesmo por ser aprovada pela oposição em reunião do executivo da Câmara, o que significa que a suspensão de novas licenças de AL viu mesmo luz verde e deverá andar para a frente. E aí viu-se uma nova corrida: em dezembro de 2021 o número de registos de alojamentos subiu para 127 e em janeiro para 141, atingindo no início de 2022 o maior número de licenças mensais de que há registo na pandemia.
Uma vez que houve um claro aumento de registos de AL, “o efeito acaba por ser o contrário”, disse Eduardo Miranda, presidente da ALEP, citado pelo Jornal de Negócios. “Há uma corrida aos registos, pessoas que se calhar nunca vão fazer AL, mas que não querem deixar passar a oportunidade”, acrescentou.
A discussão da proposta socialista na Assembleia Municipal estava agendada para esta terça-feira, mas foi, entretanto, adiada para a próxima quarta-feira, dia 16 de fevereiro de 2022, para que seja preparado um texto mais claro e garantir que os pedidos de registo que estiverem em curso à data da suspensão devem seguir tramitação, escreve o Público.
Tudo indica que a proposta verá luz verde na reunião plenária e que deverá ainda baixar à comissão para ser reformulada. Note-se que a ideia passa por suspender novos registos de AL em quase toda a cidade, onde se verifique “um rácio entre o número de estabelecimentos de Alojamento Local e o número de fogos de habitação permanente igual ou superior a 2,5%”, refere o Público. E o objetivo passa por evitar que mais imóveis destinados à habitação passem para o AL.
Evolução de novos AL na pandemia foi “quase nula”
Note-se que durante a pandemia o crescimento de novos registos de AL foi “quase nulo”, segundo diz a ALEP. Isto porque em 2020 e 2021 observou-se um “número similar de cancelamentos de registos (1.022) e novas aberturas (1.066), o que elevou a um crescimento quase nulo e uma renovação saudável, já que foram substituídos registos nas zonas históricas com maior concentração por novos registos em zonas fora das áreas turísticas” de Lisboa, analisa a associação no relatório.
O que também ficou visível é que “os dados oficiais do Registo Nacional de Alojamento Local (RNAL) não refletem de todo a realidade do AL em Lisboa”. Isto porque Lisboa tem cerca de 19. 651 registos de AL no RNAL, mas acima de 3.500 não estão ativos, conclui a ALEP.
“Durante a pandemia, houve uma redução de 2.000 propriedades de AL anunciadas nas plataformas. Devido ao receio de nunca mais poderem voltar ao alojamento local causado pelas áreas de contenção, muitos destes registos não foram cancelados no RNA”, explicam desde a associação presidida por Eduardo Miranda.
A verdade é que o AL em Lisboa apenas cresceu 0,7% durante a pandemia. O Porto seguiu o mesmo trajeto tendo crescido só 0,6%. E, pelo contrário, distritos do interior do país apresentaram crescimentos expressivos, como é o caso de Bragança (+50% de registos) e da Guarda (+47%).
Entraram em vigor em janeiro as alterações à lei de concessão de Autorizações de Residência para Investimento, conhecidas como Vistos Gold, que excluem a habitação das zonas urbanas e do litoral, como Lisboa ou Porto.
Desde o último trimestre do ano passado já foi registado uma subida de cerca de 20% na procura por imóveis comerciais em Lisboa e no Porto, nomeadamente lojas e escritórios, com tickets médios de investimento entre os 500.000 e os 750.000 euros. Os investidores procuram ocupantes de referência, bons retornos e contratos de arrendamento de longa duração, entre os 5 e os 20 anos, com destaque para o interesse dos americanos, brasileiros, chilenos ou sul-africanos.
Em vigor a partir de abril, a Lei n.º 8/2022 traz uma revolução à vida dos condomínios. Juristas explicam outro aspeto crítico.
A vida dos condomínios está prestes a mudar. Desde os novos poderes e obrigações dos administradores de condomínio, à obrigatoriedade de uma declaração na escritura de compra e venda de imóveis, a outros aspetos relacionados com a constituição da propriedade horizontal, a lei n.º 8/2022 traz numerosas e substanciais novidades. E o recente diploma, que entra em vigor em abril, também introduz significativas alterações no funcionamento das assembleias de condóminos. Explicamos agora tudo com fundamento jurídico.
"Iremos destacar as alterações legais que acreditamos que terão um impacto mais significativo na organização e funcionamento das assembleias gerais de condomínio", começa
por dizer a Belzuz Abogados* neste artigo preparado para o idealista/news, numa série especial a propósito da nova lei dos condomínios.
A convocatória das assembleias gerais de condóminos
À semelhança do que já acontecia, a lei continua a prever que a assembleia geral de condóminos se reúna na primeira quinzena de janeiro, mediante convocação do administrador. Contudo, a partir de 10 de abril de 2022 a assembleia obrigatória anual poderá realizar-se, excecionalmente, durante o primeiro trimestre de cada ano, caso tal possibilidade esteja contemplada no regulamento de condomínio ou resulte de deliberação aprovada por maioria na assembleia de condóminos.
A convocatória para a referida assembleia, que antes tinha obrigatoriamente de acontecer mediante o envio de carta registada ou aviso convocatório feito com a mesma antecedência, poderá agora ser efetuada através de correio eletrónico para os condóminos que manifestem essa vontade em assembleia de condóminos realizada anteriormente, devendo tal manifestação de vontade ficar lavrada em ata com a indicação do respetivo endereço de correio eletrónico.
Por fim, caso não compareçam condóminos suficientes para se obter vencimento e na convocatória não tiver sido desde logo fixada outra data, a convocatória pode ser feita para trinta minutos depois, no mesmo local caso estejam reunidas as condições para garantir a presença, no próprio dia, de condóminos que representem um quarto do valor total do prédio.
As alterações ao funcionamento das assembleias
Com as recentes alterações a lei passou expressamente a prever que deverão ser obrigatoriamente lavradas atas das assembleias de condóminos, e que estas deverão ser redigidas e assinadas por quem nelas tenha intervindo como presidente e subscritas por todos os condóminos nelas presentes, devendo estas conter um resumo do essencial que se tiver passado na assembleia de condóminos, indicando sempre:
• a data e o local da reunião
• os condóminos presentes
• os condóminos ausentes
• os assuntos apreciados
• as decisões e as deliberações tomadas com o resultado de cada votação
• o facto de a ata ter sido lida e aprovada
A eficácia das deliberações depende da aprovação da respetiva ata, independentemente da mesma se encontrar assinada pelos condóminos. A assinatura e a subscrição da ata poderão ser efetuadas por assinatura eletrónica qualificada ou por assinatura manuscrita, aposta sobre o documento original ou sobre documento digitalizado que contenha outras assinaturas, valendo como subscrição a declaração do condómino, enviada por correio eletrónico, para o endereço da administração do condomínio, em como concorda com o conteúdo da ata que lhe tenha sido remetida pela mesma via. Tal declaração deverá ser junta, como anexo, ao original da ata.
A realização de assembleia de condomínio online
A partir de abril do presente ano a lei prevê a possibilidade da assembleia de condóminos ter lugar mediante o uso de meios de comunicação à distância, preferencialmente por videoconferência, sendo necessário que a administração do condomínio assim o determine ou a maioria dos condóminos o requeira.
Caso algum dos condóminos não tenha, fundamentadamente, condições para participar na assembleia de condóminos por meios de comunicação à distância e tenha transmitido essa impossibilidade à administração do condomínio, compete à administração assegurar-lhe os meios necessários, sob pena de a assembleia não poder realizar-se com recurso a esses meios.
Por fim, as deliberações têm de ser comunicadas a todos os condóminos ausentes, no prazo de 30 dias, por carta registada com aviso de receção ou por correio eletrónico, sendo o silêncio dos condóminos considerado como aprovação da deliberação comunicada.
Dívidas por encargos de condomínio e a execução de dívidas ao condomínio
A partir deste ano, a ata da reunião da assembleia de condóminos que tiver deliberado o montante das contribuições a pagar ao condomínio deverá mencionar o montante anual a pagar por cada condómino e a data de vencimento das respetivas obrigações. Desta forma, a ata na qual tais obrigações se encontram previstas poderá constituir título executivo a ser usado contra o proprietário que deixar de pagar, no prazo estabelecido, a sua quota-parte.
Passou igualmente a prever-se expressamente que abrangidos pelo título executivo os juros de mora, à taxa legal, da obrigação dele constante, bem como as sanções pecuniárias, desde que aprovadas em assembleia de condóminos ou previstas no regulamento do condomínio, tendo o administrador de condomínio a obrigação de instaurar ação judicial destinada a cobrar as quantias devidas no prazo de 90 dias a contar da data do primeiro incumprimento do condómino, desde que o valor em dívida seja igual ou superior ao valor do indexante dos apoios sociais do respetivo ano civil (salvo deliberação em contrário da assembleia de condóminos).
Nova obrigação de comunicação para os vendedores / alienantes
Os condóminos têm agora a obrigação legal de informar o administrador do condomínio do seu número de contribuinte, morada, contactos telefónicos e endereço de correio eletrónico e atualizar tais informações sempre que as mesmas sejam objeto de alteração.
Quando um condómino venda, doe ou, por outra qualquer via, aliene a sua fração, deve comunicar tal facto ao administrador do condomínio por correio registado expedido no prazo máximo de 15 dias a contar da alienação, devendo informar o administrador sobre qual é o nome completo e o número de identificação fiscal do novo proprietário. A falta desta comunicação responsabiliza o vendedor / antigo proprietário pelo valor das despesas inerentes à identificação do novo proprietário e pelos encargos suportados com a mora no pagamento dos encargos que se vencerem após a alienação do imóvel.
Dos 111 países do mundo analisados pela Kayak, Portugal foi considerado o melhor para trabalhar e viajar ao mesmo tempo.
A adoção do teletrabalho um pouco por todo o mundo durante pandemia deu origem a um novo fenómeno: o chamado "workation", que resulta das palavras inglesas "work" (trabalho) e "vacation" (férias). Foram várias as pessoas que viram no teletrabalho uma oportunidade para viver experiências únicas noutros países - alguns exóticos - que oferecem condições para combinar o trabalho remoto com férias. E quais são os melhores países para fazê-lo? De acordo com ranking elaborado pelo motor de busca Kayak, Portugal é mesmo o melhor país do mundo para estar teletrabalho ao mesmo tempo que se desfruta de umas férias.
Os 111 países analisados foram classificados tendo por base em 22 indicadores divididos em seis categorias. São elas: acessibilidade, custos de viagem, preços locais, saúde e segurança, trabalho remoto, vida social.
Todos os dados foram recolhidos e analisados entre 1 de setembro e 20 de outubro de Portugal foi considerado o melhor lugar do mundo para estar a trabalhar remotamente e gozar férias em simultâneo. Isto porque o território nacional conseguiu uma pontuação alta em quase todas as categorias analisadas. Na verdade, o país oferece um clima ameno, vários lugares para visitar, baixa taxa de criminalidade e um custo de vida relativamente baixo. Além disso, os portugueses têm um excelente conhecimento da língua inglesa e Portugal oferece também um visto para nómadas digitais.
Se a iniciativa socialista vingar, contra a vontade de Moedas, o travão ao negócio do AL vai aplicar-se em grande parte da cidade.
A Câmara de Lisboa deu esta semana um passo decisivo para a “suspensão imediata” dos novos registos de Alojamento Local (AL) em praticamente toda a cidade. A proposta foi aprovada em reunião privada, no passado dia 15 de dezembro de 2021, com os votos contra de PSD e CDS (sete), a abstenção do BE (um) e os votos favoráveis de PS, Livre e da independente Paula Marques (sete) e do PCP (dois). A decisão final caberá ainda à assembleia municipal.
Os vereadores socialistas, tal como conta o Público, apresentaram uma nova proposta que aplica a medida nas zonas com “um rácio entre o número de estabelecimentos de alojamento local e o número de fogos de habitação permanente igual ou superior a 2,5%”. Isto significa que numa freguesia com 100 casas, aplica-se a suspensão se duas e meia estiverem dedicadas ao alojamento local - o que significa que se a iniciativa for aprovada pela assembleia a suspensão aplica-se em grande parte da cidade.
Para a definição das zonas de contenção atualmente em vigor, nas quais é proibido (ou carece de autorização excepcional) a abertura de novos estabelecimentos, foi considerado um rácio de 10% ou 20% entre as unidades existentes e a habitação permanente, pelo que a proposta agora aprovada é bem mais restritiva, segundo diz ainda o jornal.
Moedas diz que travão ao AL é um sinal muito negativo para o turismo, para a economia local e para as famílias
Bairro Alto, a Madragoa, Alfama, Mouraria, Castelo, Graça, Bairro das Colónias e ainda, parcialmente, Chiado, Príncipe Real, Cais do Sodré, Santa Catarina e Bica são as zonas de contenção segundo as atuais regras em vigor para o AL em Lisboa. Com a nova medida só as freguesias em que o AL é residual deverão ficar de fora da suspensão.
“Numa fase ainda de incerteza pandémica, a esquerda escolheu fazer política partidária em vez de privilegiar a política pública equilibrada que favoreça a qualidade de vida dos lisboetas”, critica Carlos Moedas. Citado pelo jornal, o novo presidente da Câmara de Lisboa diz que este é “um sinal muito negativo para o turismo, para a economia local e, acima de tudo, para milhares de famílias que vêem aqui um entrave aos seus rendimentos”. Defendendo que "o alojamento local deve merecer uma fiscalização mais eficaz", afirma no entanto que "sou e serei contra propostas radicais que dividem a cidade e os lisboetas entre eles e nós.”
Cidadãos brasileiros rumo à Portugal só têm ingresso permitido se comprovarem laços familiares, profissionais, acadêmicos ou humanitários com o país. Por enquanto, ainda seguem proibidos de entrar em território luso para turismo. Para garantir o acesso, no entanto, os brasileiros incluídos nessa lista de "passageiros com título essencial" devem comprovar os devidos vínculos junto à companhia aérea, apresentar o teste PCR negativo para a Covid-19 e cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias na chegada.
Portugal levantou a proibição de voos de e para o Reino Unido e Brasil para viagens de trabalho e estudos, mas não para turismo, disse o governo português nesta sexta-feira (16), enquanto as restrições às viagens por terra e mar para a Espanha permanecerão em vigor por mais 15 dias.
O país suspendeu todos os voos de e para o Brasil e o Reino Unido, exceto os voos humanitários e de repatriamento, em meados de janeiro, para impedir a propagação das variantes da Covid-19 e impôs controles fronteiriços com a vizinha Espanha em 28 de janeiro.
O Ministério do Interior de Portugal disse que as restrições fronteiriças com a Espanha, que tem uma taxa de infecção mais elevada do que Portugal, continuariam até ao final do mês, com base num acordo bilateral.
As medidas não impedem a entrada no país de cidadãos ou residentes portugueses.
“A suspensão dos voos de e para o Brasil e o Reino Unido é levantada, apenas para viagens essenciais como já acontecia com os voos provenientes de países terceiros”, afirmou.
Lisboa é o município mais caro: 3.333 euros por metro quadrado. Análise nacional com base nos dados do INE.
Comprar casa em Portugal continua a ser cada vez mais caro. No primeiro trimestre de 2020, o preço mediano de alojamentos familiares foi 1.117 euros por metro quadrado (€/m2), mais 3,3% que no trimestre anterior e mais 10,5% que no mesmo período do ano passado, revelou esta quinta-feira (9 de julho de 2020) o Instituto Nacional de Estatística (INE), frisando que os números não traduzem ainda o impacto da pandemia da Covid-19 no mercado habitacional, pelo que podem “distanciar-se das condições e tendências mais atuais do mercado”.
Segundo o INE, o preço mediano da habitação manteve-se acima do valor nacional � os referidos 1.117 €/m2 � nas regiões do Algarve (1.668 €/m2), Área Metropolitana de Lisboa (1.515 €/m2), Região Autónoma da Madeira (1.250 €/m2) e a Área Metropolitana do Porto (1.136 €/m2).
“No período em análise, 46 municípios apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional, localizados maioritariamente nas sub-regiões Algarve (14 em 16 municípios) e Área Metropolitana de Lisboa (15 em 18)”, conclui o INE, acrescentando que o município de Lisboa registou o preço mais elevado do país (3.333 €/m2), ou seja, uma casa com 100 m2 custará cerca de 333.000 euros.
“Verificaram-se também valores superiores a 1.500 €/m2 em Cascais (2.681 €/m2), Oeiras (2.257 €/m2), Loulé (2.221 €/m2), Lagos (1.967 €/m2), Albufeira (1.939 €/m2), Porto (1.873 €/m2), Tavira (1.864 €/m2), Odivelas (1.847 €/m2), Loures (1.672 €/m2), Faro (1.663 €/m2), Funchal (1.621 €/m2), Vila Real de Santo António (1.594 €/m2), Aljezur (1.592 €/m2), Lagoa (1.591 €/m2), Almada (1.576 €/m2), Amadora (1.563 €/m2), Silves (1.528 €/m2) e Matosinhos (1.520 €/m2), mais dois municípios que no trimestre anterior”, acrescenta o INE.
De realçar o facto da maior subida homóloga se ter verificado na cidade de Vila Nova de Gaia, que viu os preços medianos das casas acelerarem 20,1% (10,5% a nível nacional), para 1.125 €/m2. Já o Funchal (Madeira) registou o maior crescimento face ao trimestre anterior (+5% face a +3,3% em Portugal), para 1.621 €/m2.
Preços de casas novas Vs usadas
Os dados divulgados pelo INE mostram que, entre janeiro e março de 2020, o preço mediano de alojamentos novos no país foi 1.209 €/m2, um valor ligeiramente superior ao verificado nos alojamentos existentes: 1.102 €/m2.
“A Área Metropolitana de Lisboa (1.950 €/m2), o Algarve (1.877 €/m2), a Região Autónoma da Madeira (1.377 €/m2) e a Área Metropolitana do Porto (1.336 €/m2) apresentaram um preço mediano de alojamentos novos acima do valor nacional. No caso dos alojamentos existentes as mesmas sub-regiões superaram o referencial nacional: o preço mais elevado registou-se no Algarve (1.627 €/m2), seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (1.473 €/m2), a Região Autónoma da Madeira (1.211 €/m2), e a Área Metropolitana do Porto (1.111 €/m2)”, concluiu o instituto, acrescentando que à semelhança do que aconteceu nos trimestres anteriores, a Área Metropolitana de Lisboa apresentou a maior diferença entre o preço de alojamentos novos e o de alojamentos existentes (477 €/m2).
De referir ainda que a cidade de Lisboa registou a maior diferença entre os preços de alojamentos novos (4.379 €/m2) e de alojamentos existentes (3.231 €/m2), ou seja, 1.148 €/m2.
Freguesias de Lisboa à lupa
Três das 24 freguesias de Lisboa registaram preços medianos de venda de alojamentos superiores a 4.500 €/m2, bem acima, portanto, da mediana nacional (1.117 €/m2) e da própria cidade de Lisboa (3.333 €/m2). São elas Santo António (5.340 €/m2), que inclui a Avenida da Liberdade e áreas adjacentes, Misericórdia (5.112 €/m2), que inclui a área do Bairro Alto e do Cais do Sodré, e Santa Maria Maior (4.807 €/m2), que inclui a área do Castelo e Baixa/Chiado, conta o INE.
“As freguesias Parque das Nações, Misericórdia, Estrela, Santo António, São Domingos de Benfica, Alvalade, Santa Maria Maior e Campo de Ourique registaram, simultaneamente, um preço mediano acima do valor da cidade de Lisboa (3.333 €/m2) e taxas de variação, face ao período homólogo, mais expressivas que a verificada na cidade (+7,1%). As freguesias de Marvila, Carnide, Campolide, Alcântara, Ajuda e Arroios registaram preços e taxas de variação inferiores aos da cidade de Lisboa. As freguesias de Santa Clara (2.393 €/m2) e Olivais (2.463 €/m2) apresentaram valores inferiores a 2.500 €/m2. As freguesias de São Vicente, Carnide e Campolide foram as únicas com uma evolução negativa do preço”, lê-se no documento.
Freguesias do Porto à lupa
No caso do Porto, destaque para as freguesias do Bonfim, União de freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos e União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, que apresentaram um preço mediano acima do valor da cidade do Porto (1.873 €/m2): 1.934 €/m2, 2.241 €/m2 e 2.593 €/m2, respetivamente. Trata-se, também, de uma taxa de variação homóloga (+16,9%, +16,2% e +11,6%, respetivamente) superior à observada na cidade (+11,4%).
“A União de freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória destacou-se por apresentar, simultaneamente, um preço mediano de alojamentos vendidos (2.169 €/m2) acima do valor da cidade do Porto e taxa de variação, face ao período homólogo (+9,8%), inferior à registada na cidade do Porto. As freguesias de Ramalde e Campanhã registaram, simultaneamente, um preço mediano (1.637 €/m2 e 1.208 €/m2, respetivamente) e uma variação homóloga (+4,6% e +9%, respetivamente) inferiores aos valores verificados na cidade do Porto”, refere o INE, concluindo que a freguesia da Campanhã registou o menor preço mediano (1.208 €/m2) e a freguesia de Paranhos a maior taxa de variação face ao período homólogo (+19,3%).
“O mercado imobiliário mais quente da Europa está a ficar demasiado quente para alguns”. Quem o diz é a Bloomberg, com a mira apontada para Portugal. De acordo com a agência financeira, o “boom” dos preços das rendas � que está a atirar muitos moradores para as periferias das cidades � está diretamente relacionado com os milhões de euros injetados por investidores estrangeiros através dos vistos gold.
E os exemplos estão ao virar da esquina. A agência falou com uma moradora de Marvila, em Lisboa, que teve de se mudar com a mãe depois de já não conseguir suportar o preço de uma renda sozinha. "Os preços dispararam”, disse, apontando para “o outro lado da rua para um punhado de projetos de moradias à volta do bairro”.
Segundo a Bloomberg, Portugal tem atualmente o mercado imobiliário mais dinâmico da Europa Ocidental graças a incentivos fiscais concedidos a compradores estrangeiros e ao chamado programa de vistos gold, que permitem a cidadãos estrangeiros obterem autorização de residência mediante um investimento mínimo de 500 mil euros. Os moradores das cidades, por sua vez, tornaram-se “danos colaterais” da necessidade de o país atrair capital do exterior.
Lisboa tornou-se num “ímã para turistas na Europa”, diz a agência financeira, referindo os inúmeros imóveis que estão a ser renovados e transformados em arrendamentos de curta duração, geralmente “responsabilizados pelo aumento de preços”, uma vez que são direcionados para visitantes que podem pagar mais que os locais.
"Eles não podem dar-se ao luxo de dizer que não", refere o fiscalista português Tiago Caiado Guerreiro, citado pela agência financeira, sublinhando o facto de estes incentivos terem ajudado a transformar cidades como Lisboa, colocando-a no "mapa dos principais destinos turísticos ".
“Lisboa nunca foi tão boa em termos de reabilitação dos seus edifícios", salienta Francisco Bethencourt, um professor de História no King's College em Londres. “O número de prédios devolutos tem sido reduzido e alguma da miséria que existia em certos bairros já não é visível. No entanto, esta mudança teve enormes custos sociais à medida que os locais com menos recursos financeiros estão a ser empurrados para as periferias”, remata o investigador.
O imobiliário em Portugal continua em alta, mas de momento menos que no ano passado. No primeiro semestre foram transacionados 1.050 mil milhões de euros, registando-se assim uma quebra de 26% comparativamente ao mesmo período de 2018. O setor da hotelaria foi o mais ativo, contribuindo para 38% do volume de investimento total, seguido pelo retalho (30%) e escritórios (23%), segundo a Savills. “Apesar do esperado decréscimo no volume de investimento para 2019, o dinamismo de mercado deverá manter-se, e o ano deverá encerrar acima da média dos últimos 5 anos, entre os 2 500/ 3 000 mil milhões de euros", antecipa Alexandra Gomes, Senior Analyst of Research Departament da Savills, explicando que a "manutenção das taxas de juro em níveis historicamente baixos continua a tornar o segmento imobiliário naturalmente muito atrativo”. Na primeira metade do ano, destaca a consultora imobiliária internacional, os investidores americanos somaram os maiores montantes de investimento, num total de 356 milhões de euros, seguidos pelos alemães com 220 milhões de euros. Já os investidores de origem nacional contribuíram com 140 milhões, o que comparativamente ao mesmo período de 2018 (55 milhões de euros) corresponde a um aumento de presença muito expressivo no mercado de investimento. Estes dados constam de uma análise feita pela Savills ao mercado imobiliário nos primeiros seis meses de 2019, a nível nacional. Apresentamos agora as principais conclusões deste estudo, por segmentos: Hotelaria Foi o setor mais ativo, contribuindo para 38% do volume de investimento total, traduzindo-se em 6 transações, envolvendo um total de 396 milhões de euros. No conjunto de transações hoteleiras, está incluída a venda do Portfolio Minor, que inclui os hotéis Avani Av. Liberdade, Tivoli Av. Liberdade e Tivoli Oriente, por 312 milhões de euros, aos investidores norte-americanos da Invesco. Retalho O setor de retalho contribuiu para 30% do volume total de investimento, cerca de 315 milhões de euros, e o segmento de escritórios contabilizou 23% das transações, somando um total de 244 milhões de euros. De entre as principais transações destes dois segmentos conta-se a venda do Leiria Shopping por 128 milhões de euros à DWS, e a venda do Portfolio da Credit Suisse, que compreendem os edifícios Art´s Business Centre e Torre Fernão Magalhães, por 112 M€ à Merlin Properties. Escritórios Lisboa registou um take-up total de 110.000 m², representando um aumento de 27% face ao período homólogo. 48 operações disseram respeito a mudanças de edifício, contabilizando um total de 72.659 m², sendo que outras 31 operações se referiram à expansão de área, envolvendo um total de 27.157 m². As zonas que verificaram melhor performance foram a zona 5 (Parque das Nações) e a zona 1 (Prime CBD), com 26.840 m² e 24.937 m² de espaços de escritórios ocupados, respetivamente. Destaque para a maior transação do 1º semestre de 2019, o pré-arrendamento de um edifício no Parque das Nações por parte da Seguradora AGEAS, que conta com cerca de 17.400 m², e que teve um peso de 65% no take-up total da zona 5. A Torre da Cidade, localizada na Avenida Fontes Pereira de Melo 41, foi ocupada pela consultora multinacional KPMG (9.950 m²) e a Sociedade de Advogados PLMJ (6.950 m²), encabeçando o top 3 das maiores transações do 1º semestre de 2019. Residencial O ano de 2019 tem assistido ao fenómeno contínuo do aumento generalizado dos preços das habitações em Portugal, um valor a rondar os 16%. Contudo, esta subida tem sido cada vez menos impulsionada pelas taxas de crescimento de Lisboa e Porto. Nas duas principais cidades do país, os preços continuaram a subir, porém a um ritmo mais comedido face ao 4º trimestre de 2019. Lisboa registou nos primeiros 3 meses do ano um aumento generalizado dos preços em torno dos 11%, enquanto a cidade do Porto viu subir os valores fechados na venda das habitações em quase 29%. Só em Lisboa, a Savills contabiliza, entre 2019 e 2022, um pipeline de mais de 6.500 novos fogos que entrarão no mercado, na sua maioria pertencem a projetos de luxo. Industrial Logística O take-up reduziu-se para o equivalente a 30% do registado no mesmo período de 2018. Tal descida prende-se, mais uma vez, com o já denominador comum aos outros segmentos imobiliários, a falta de oferta que corresponda aos critérios procurados. No caso das plataformas logísticas e industriais, a oferta de espaços com mais de 10.000 m2 é particularmente escassa, o que naturalmente levou, sobretudo ao longo do segundo trimestre (período no qual foi alocado 76% do take-up do semestre), a subidas dos preços na zona do Corredor Oeste (3,5 €/m2 para 4 €/m2) e Matinha � Prior Velho (4,5 €/m2 para 5 €/m2). O Centro Empresarial da Abóboda (7.146 m2), a Fábrica Aleluia em Aveiro (5.000 m2) e o Logispark no Montijo (3.700 m2), formam o top 3 das maiores transações no segmento concentrando 52% do take-up total 19% da área alocada teve lugar fora da área metropolitana de Lisboa, com especial foco no distrito de Aveiro.
Ainda que muitos tenham de recorrer ao crédito à habitação para poder comprar casa, há quem consiga adquirir um imóvel em dinheiro vivo, com recurso a poupanças ou as mais-valias da venda de outra casa. Ainda assim, há custos a enfrentar nesta operação. No artigo de hoje da rubrica semanal Deco Alerta, assegurada pela Deco Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor para o idealista/news, damos a conhecer todas as despesas que haverá que ter em conta seja a nível contratual, notarial ou fiscal. Deverás contar logo com as seguintes despesas: gastos notariais e de registo, o imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis (IMT) e o imposto de selo sobre o valor da aquisição. Antes mesmo de realizar a escritura do imóvel, terás de tratar dos pagamentos dos impostos, despesas que estão tabeladas, e dos registos. É fundamental que tenhas contigo no dia da escritura os comprovativos do pagamento dessas despesas. Sem eles não poderás fazer a escritura da casa. Portanto, antes da escritura, existem os seguintes custos: Impostos • IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) - sempre que existe uma mudança de proprietários de um imóvel, isto é, sempre que haja efetivamente uma compra. O cálculo deste imposto varia consoante o tipo de imóvel (urbano ou rústico), a localização (Continente ou Regiões Autónomas) e a finalidade (Habitação Própria Permanente ou Secundária). Este cálculo incide sobre o maior dos dois valores: valor patrimonial tributário do imóvel ou sobre o valor declarado na escritura de compra e venda. Sobre o maior destes dois valores é aplicada uma taxa que é estabelecida anualmente no Orçamento de Estado. Não te esqueças: tem de ser pago antes da escritura de compra e venda e as guias para pagamento podem ser obtidas online ou numa repartição de Finanças. • Imposto de Selo - Existem dois tipos - um deles relativo à compra e venda, que corresponde a uma taxa de 0,8% sobre o valor de aquisição do imóvel, que consta na Escritura; o outro aplicado ao empréstimo do crédito á habitação, que portanto não diz respeito à tua situação. • IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) - imposto de pagamento anual, calculado com base no valor patrimonial tributário dos imóveis situados em território nacional, ao qual é aplicada uma taxa. Atenção à possibilidade de isenção de IMI. Esta aplica-se a imóveis para habitação própria e permanente, o teu caso, devendo ser solicitada no período de 60 dias após a afetação. O mesmo sujeito passivo só poderá pedir a isenção, se não tiver nenhuma outra isenção de IMI a decorrer e caso não tenha solicitado a isenção mais do que duas vezes. Continuando, ainda no que se refere aos gastos antes da escritura, apontamos-te as despesas com: Registos, contratos e escritura • Registo de Aquisição poderás optar por um dos procedimentos mais comuns: programa Casa Pronta (uma iniciativa do Estado) e o programa Casa Simples, Casa Segura (uma iniciativa dos Notários). Nestes dois balcões, é possível centralizar todo o processo numa só entidade, pagar os impostos, celebrar o contrato de compra e venda e fazer todos os registos necessários. • Se escolheres formalizar o teu contrato em Conservatória do Registo Predial, no chamado Procedimento Casa Pronta, os custos englobarão a escritura de aquisição (mútuo se existir) e os respetivos registos (no teu caso de aquisição). Finda a escritura terás os registos já devidamente lavrado. • Se optares por fazer a escritura no Cartório Notarial, terás os custos com os honorários que o cartório irá cobrar pela preparação e outorga da escritura, atos notariais diversos e os custos com os registos. Nos Cartórios que formalizem as escrituras no chamado Procedimento Casa Simples, Casa Segura, é o Notário quem fica responsável pela entrada dos registos de aquisição e hipoteca, fiança, caso haja lugar aos mesmos. Esses registos são feitos em regra online e podem demorar a ficar lavrados até 10 dias úteis a contar do dia da entrada dos mesmos. • Certidão de Registo Predial esta certidão, que inclui com todas as inscrições e descrições prediais em vigor, pode ser obtida online ou num Balcão da Conservatória do Registo Predial. Em ambos os casos a sua validade é de 6 meses, no entanto, caso te decidas pelo pedido online da certidão o custo é inferior. Sabemos que não vais recorrer ao empréstimo bancário, mas não te esqueças que terás outras despesas após a escritura. Gastos depois da escritura Para quem compra casa as despesas não se ficam pelo dia da escritura, mensalmente ou pontualmente haverá despesas relacionadas com a casa, podemos aqui enumerar algumas: condomínio (caso escolhas comprar um apartamento), impostos e taxas como o IMI (quando terminar o período de isenção) e, claro, as despesas domésticas (eletricidade, água, gás, esgotos, …). Se conseguires vender o teu apartamento por um valor superior ao preço de compra terás de pagar a chamada mais-valia. Porém, referes que tens a intenção de vender a tua casa para comprar outra. Ora, a lei estabelece precisamente como isenção do pagamento das mais-valias, a situação em que o dinheiro da venda é aplicado na compra de habitação própria permanente. Aproveitamos esta oportunidade para informar que outra isenção é a relativa à data da compra do imóvel. Se essa compra ocorreu até 1989 a lei prevê a isenção desta tributação. Mas como se calcula o valor a pagar de mais-valias? Em primeiro lugar há que ter presente a data de compra da casa, já que é fundamental para esse cálculo. Quanto mais antiga for, maior é a correção ao valor de compra e menor a menos-valia. Em segundo lugar, o consumidor deve ter informação sobre os gastos que teve com o imóvel, como obras e comissões de compra e venda pagas a imobiliárias, pois estes serão deduzidos. Caso não haja ajustes ao valor da compra, o valor máximo da mais-valia tributável é 50% da diferença entre preço da venda e da compra, deduzidos os custos. Fonte: Redação Idealista.PT
Empreendimento com piscina, jardim, ginásio e vista limpa já tem as primeiras casas à venda. Só precisa de um milhão de euros. ara ter uma casa na localização perfeita, com vista limpa e desafogada para o mar, piscina, ginásio e segurança numa das zonas mais bonitas da Grande Lisboa e a poucos minutos da capital só precisa de pouco mais de um milhão de euros. A partir de um milhão e 280 mil euros para sermos exatos. Foi lançada a primeira fase de comercialização do empreendimento Bayview, a obra que promete revolucionar toda a zona da entrada de Cascais. Onde atualmente se encontra o supermercado Jumbo vão ser construídas casas, jardins, comércio e piscinas, num projeto que vai contar ainda com estacionamento e uma área de restauração, também com vista. A obra tem uma área de cerca de 33 mil metros quadrados e o primeiro edifício que já está a ser comercializado, o Horizon, disponibiliza 35 apartamentos nas tipologias T1 a T4 com áreas entre os 60 os 316 metros quadrados. Todos com varandas, terraços e jardins privativos com vista mar os detalhes estão explicados na listagem da Porta da Frente Christie’s, uma das empresas responsáveis pela comercialização. Apesar de os preços começarem acima de um milhão de euros, já há dezenas de apartamentos reservados. Segundo adianta o “Diário Imobiliário“, o novo empreendimento residencial localizado à entrada de Cascais é projetado pelos ateliers de arquitetura Portuguesa Fragmentos e Holandesa Next Architects. O condomínio será composto por seis edifícios, agrupados em três conjuntos e pensados para diferentes estilos de vida e necessidades dos seus residentes, explica o jornal. O tal grupo de 35 casas a ser comercializado inicialmente, o Horizon, fica na sua zona noroeste. Todas as varandas terão vista, não só sobre o mar, como sobre toda a Baía de Cascais. “Não haverá qualquer construção em frente que obstrua a vista de mar; só um grande espaço verde”, frisa a publicação. A mesma fonte explica que esta revitalização era aguardada há já muitos anos e que irá recuperar a entrada da vila, que atualmente se encontra com carros, arquitetura desatualizada e edifícios abandonados. Já o site “Construir” cita a Quadrante, empresa responsável pela elaboração dos projectos de engenharia, que chama ao empreendimento, na área do atual Jumbo, “BayView Auchan Cascais”. Em nota de imprensa citada pelo jornal, a consultora portuguesa de engenharia explica que este novo projeto será constituído por uma nova área comercial de insígnia Auchan (ou seja, um novo supermercado, a substituir o atual Jumbo) “com uma fachada principal ajardinada (jardim vertical), zonas de estacionamento, cais de cargas e descargas e armazéns e zonas técnicas totalmente enterradas”. No topo estará a zona de restauração com cerca de dois mil metros quadrados, orientada para o mar. O site adianta ainda que também nascerá um jardim público junto à Avenida Marginal, com cerca de sete mil metros quadrados e que a parte residencial dos seis edifícios terá cerca de 150 apartamentos e coberturas ajardinadas. O novo Jumbo ocupará uma área de cerca de 11 mil metros quadrados. Fonte: Nit.pt
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